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Belenenses: João Almeida não se recandidata, António Soares aguarda

O presidente do Belenenses, João Almeida, disse hoje à Agência Lusa que o “desgaste” dos últimos oito meses e meio esteve na base do pedido de substituição no cargo e garantiu que não será candidato às próximas eleições.

O líder dos “azuis”, que quarta feira apresentou aos órgãos do clube um pedido de substituição no cargo, por impedimento particular, justificou a decisão com “a dificuldade de conciliar a vida profissional”, mas, essencialmente, com o “desgaste” a que esteve sujeito, desde que iniciou funções.

No entanto, João Almeida revelou-se orgulhoso com o que foi alcançado no seu mandato, afirmando que “valeu a pena ser presidente, pelo que foi feito neste oito meses e meio”.

O deputado do CDS-PP garantiu ainda que este pedido não está relacionado com a demissão do primeiro-ministro e com uma possível coligação PSD-CDS, com vista às eleições legislativas.

Ainda assim é, revela que não será candidato às eleições de outubro: “Tinha perfeita noção que isso seria impossível. Nunca tive em mente candidatar-me a um mandato de três anos. Candidatei-me para salvar o clube, para evitar que fechasse”.

João Almeida foi eleito presidente do Belenenses a 03 de julho, com 86,6 por cento dos votos dos sócios, sucedendo a Viana de Carvalho.

A saída do jurista, de 34 anos, será colmatada pelo vice-presidente para as instalações e património, António Soares, indicado por João Almeida para o substituir no cargo, segundo o que mandam os estatutos do clube.

Em declarações à Lusa, o engenheiro, que fez parte da lista de Gouveia da Veiga às eleições de 2007, então vencidas por Cabral Ferreira, afirmou que “ninguém estava à espera” deste desfecho, mas mostrou compreensão para com a decisão.

“É um cargo de desgaste. O doutor João Almeida já tinha, por várias vezes, demonstrado esse desgaste, mas não pensei que isto viesse a acontecer”, disse.

António Soares quer dar continuidade ao “saneamento iniciado por esta direção” e revelou que, para assumir o cargo, apenas impôs que “a decisão fosse unânime entre os membros da direção e assim foi”.

O recém-designado presidente confirmou o pedido para marcação de uma Assembleia-Geral (AG) extraordinária para 01 de abril, com o objetivo de “ouvir os sócios” e esclarecê-los sobre o momento, mas, por impossibilidade do presidente da AG, a mesma “deverá ser marcada para a semana seguinte”.

Caso os sócios do Belenenses rejeitem a indigitação de António Soares, o clube poderá ter de marcar eleições antecipadas, o que levaria a que existissem três atos eleitorais no espaço de 15 meses, tendo em conta que no mês de outubro serão eleitos novos órgãos.

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