A organização da Volvo Ocean Race 2011/12 foi obrigada a alterar a rota da maior regata de circum-navegação à vela, que larga sábado de Alicante, Espanha, devido à ameaça terrorista ao largo da Somália.
A possibilidade de ataques de piratas levou a organização a optar por uma “neutralização” da regata num porto não identificado da costa oriental africana, após a largada da Cidade do Cabo, a 25 de novembro, rumo a Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos.
Os seis veleiros serão embarcados em contentores e levados até um porto não identificado nos Emirados Árabes Unidos, cumprindo depois o que resta da segunda “perna” da regata até ao Abu Dhabi, onde deverão chegar a 30 de dezembro.
A regata chegará a Lisboa no final de maio e o promotor da escala portuguesa, o empresário João Lagos, fez o paralelismo desta situação com as razões que levaram ao cancelamento do rali todo-o-terreno Dakar2008.
«Já foi preciso mexer no itinerário da Volvo Ocean Race deste ano, também devido a ameaças terroristas, nos mares da Somália. Foi preciso alterar o percurso, para fugir a esse tipo de ameaças. Em tudo parecido com o outro Dakar», disse à Lusa o empresário.
O Rali Dakar 2008, que deveria ligar Lisboa ao Senegal, foi cancelado devido a ameaça de ações terroristas no norte de África.
O número de ataques no Golfo de Aden e no Oceano Índico tem vindo a aumentar e até agosto contavam-se já mais de duas centenas de ações de piratas.
A Volvo Ocean Race realiza-se ao longo de nove meses, com 10 etapas que vão ainda escalar os portos de Auckland (Austrália), Itajai (Brasil), Miami (EUA), Lorient (França) e Galway (Irlanda).