Taça Portugal: Pós-intervalo à «leão» coloca Sporting nas «meias»

Depois de uma primeira parte em que se viu aflito para segurar o Marítimo, que veio jogar a Alvalade sem qualquer tipo de inibição, o Sporting corrigiu os erros da primeira parte, entrou ''a todo o gás'' e resolveu a questão no espaço de um quarto de hora.

Três minutos após o recomeço, Carrillo inaugurou o marcador de cabeça, antecipando-se a Igor Rossi, para Wolfswinkel,aos 60, na conversão de uma grande penalidade, e Insúa, aos 82,tranquilizarem definitivamente os adeptos da equipa da casa.

O primeiro golo teve o condão de reforçar a confiança de uma equipa que assumira desde o recomeço uma atitude competitiva completamente distinta da primeira parte e os frutos não tardaram a surgir.

No espaço de três minutos, aos 56 e 59, os ''leões'' forçaram a defesa do Marítimo a cometer duas grandes penalidades, a segunda, sobre Carrillo, discutível, tendo Wolfswinkel quebrado o ''jejum'' de golos só à segunda, depois de rematar ao poste na primeira.

Os dois penáltis resultaram de erros da defesa insular, pressionada pela nova dinâmica ofensiva do Sporting, sendo que, do lance do primeiro castigo máximo resultou também a expulsão do defesa central Igor Rossi, que reduziu as possibilidades do Marítimo reagir ao ''vendaval'' contrário.

O Sporting chegou ao 3-0 por Insúa, aos 82 minutos, e podia ter alcançado um resultado ainda mais volumoso na segunda parte, período em que dispôs de várias oportunidades de golo, embora o Marítimo nunca se tenha rendido e tenha também valorizado o espetáculo.

O ponto de viragem do jogo foi o intervalo, altura em que o Sporting ressurgiu completamente desfigurado depois de uma primeira parte em que foi surpreendido por um adversário que jogou em todo o campo, olhos nos olhos, assumindo um claríssimo 4x3x3, com rápidas transições ofensivas, que muitos problemas criaram à defesa ''leonina''.

Até ao intervalo os ''leões'' nunca foram capazes de ''agarrar o jogo'' a meio-campo, com os médios distantes uns dos outros, com dificuldades em criar linhas de passe, perdendo a bola com facilidade e abrindo caminho a rápidos lances de contra-ataque dos insulares, que deixaram a defesa ''leonina'' em ''palpos de aranha'' em algumas situações.

Na segunda parte, o Sporting entrou com outra dinâmica, com o bloco mais agressivo, a ganhar a bola mais à frente e a sair em rápidas transições para o ataque, que apanharam a defesa do Marítimo de surpresa, depois de uma primeira em que controlou sempre o ataque lisboeta.