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Brasil: FIFA admite desencontros com governo sobre lei do Mundial

O secretário-geral da FIFA, Jérôme Valcke, admitiu “desencontros” com o governo brasileiro para a realização do Mundial de Futebol de 2014, ao comentar a necessidade de aprovar o mais rápido possível a Lei Geral da Copa [Campeonato].

“Ainda temos alguns desencontros e desacordos na lei em alguns pontos. Temos estado muito flexíveis nas negociações. O anúncio do Brasil como país sede do Mundial foi feito em 2007, baseado num acordo assinado pelo Presidente Lula sobre todas as garantias, não é algo que pedimos agora”, afirmou Valcke à imprensa internacional, na noite desta quarta-feira, no Rio de Janeiro.

Segundo o representante da FIFA, agora é “tempo de acabar” os assuntos pendentes e harmonizar os dois lados.

“Temos que trabalhar na Copa do Mundo. Estamos em 2012 e a Copa é em 2014, e ainda estamos a discutir algo que foi acordado, assinado e tem que estar finalizado. Não foi por falta de alertas desde o primeiro dia em 2007, com o anúncio do Brasil como país sede, que o tempo era curto”.

Segundo Valcke, a questão não é apenas a recuperação e construção dos 12 estádios a tempo, mas é preciso estar com a infraestrutura pronta com antecedência e um sistema de transporte eficiente para escoar os espetadores.

“Precisamos de ter certeza que as estádios vão estar com uma qualidade padrão. A questão é quando serão entregues. Temos que saber quando, temos que ter certeza que teremos os estádios preparados com antecedência, para os testar e saber como as pessoas se vão deslocar, para ir e regressar”, argumentou.

O secretário-geral da FIFA esteve nesta semana em Brasília e visitou duas outras cidades que vão acolher o evento no Nordeste, Salvador e Recife.

Na sua avaliação, as cidades visitadas estão em dia com os preparativos. “A boa notícia é que em Fortaleza estão a trabalhar bem no sistema de transporte público, no caminho do aeroporto para o estádio, para que as pessoas evitem usar carros individuais para ir aos jogos. Não podemos esquecer a zona envolvente dos estádios”, ponderou.

Os pontos em aberto que o governo brasileiro ainda discute com a FIFA referem-se aos itens que tratam da responsabilidade civil da União contra acidentes ou desastres naturais, da venda de bebidas alcoólicas no estádios e do direito a desconto nos bilhetes para idosos e estudantes.

A FIFA elaborou uma classificação de ingressos e criou a categoria 4, que vai disponibilizar cerca de 300 mil bilhetes a baixo custo, cerca de 25 dólares, apenas para brasileiros.

Em relação aos grupos especiais como índios, integrantes do programa Bolsa Família ou adeptos da campanha de desarmamento do governo, serão colocados à disposição cerca de 100 mil ingressos avulsos.

Jérôme Valcke se reunirá, nesta quinta-feira, no Rio de Janeiro para debater ainda os últimos pontos em aberto da Lei Geral da Copa.

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