O congresso brasileiro aprovou parcialmente, na terça-feira, o projeto de lei regulador do Mundial de futebol de 2014, tendo os parlamentares permanecido divididos sobre a venda de bebidas alcoólicas durante os jogos da competição.
A FIFA já deu conta do seu desagrado pela situação, admitindo que deve ser permitida a venda de cerveja dentro dos estádios brasileiros durante a Taça das Confederações do próximo ano e o mundial de 2014.
O secretário-geral da FIFA, Jerome Valcke, disse recentemente que esperava que o projeto de lei ficasse aprovado na sua totalidade logo na primeira reunião do congresso, para a proposta ser colocada em vigor até ao final de março, permitindo uma melhor preparação do torneio.
Algo que não se verificou devido à falta de consenso entre os deputados, pois enquanto uns vêm a venda de álcool como forma de incitamento à violência nas bancadas dos estádios, outros encaram a proposta como uma exceção.
Para o deputado da oposição Wanderlei Macris, a medida proposta “é um erro” e a “luta vai ser levada para o Senado” em caso de aprovação da mesma.
Palavras desvalorizadas pelo também deputado Afonso Hamm, para quem a medida “é uma exceção” que apenas necessita de “segurança reforçada” durante as competições.
A questão será hoje novamente votada, juntamente com outra proposta que tem gerado polémica no Brasil. A venda de bilhetes a metade do preço para alunos e idosos, apesar de permitida pela legislação brasileira, não é aprovada pela FIFA.
Mesmo que estas medidas sejam aprovadas na segunda reunião da comissão, o projeto terá ainda de merecer a aprovação do Senado e da presidência da república brasileira, liderada por Dilma Roussef.
O Brasil será o país-anfitrião da vigésima edição do Mundial de futebol, a realizar entre 12 de junho e 13 de julho de 2014. A competição ocorrerá pela quinta vez na América do Sul, sendo esta a segunda vez que terá lugar em terras brasileiras, depois da longínqua edição de 1950.