A FIFA e a Confederação Asiática (AFC) manifestaram apoio à Federação Australiana de Futebol (FFA), depois do bilionário Clive Palmer ter lançado um organismo concorrente.
Palmer enfrentou a FFA ao oficializar na quinta-feira um novo organismo de futebol, o Futebol Austrália, encabeçado pelo antigo presidente da Liga daquele país, Archie Fraser, e com o objetivo de substituir a atual federação.
Os acontecimentos surgem depois de a FFA ter retirado esta semana a licença da Liga ao Gold Coast United, clube de Clive Palmer, e depois de este ter criticado severamente a federação, a Liga e o desporto.
Em comunicado, divulgado hoje, a Confederação Asiática refere só reconhecer a FFA “como o membro filiado oficial que representa o futebol australiano na confederação”.
“De acordo com os estatutos da AFC, apenas uma federação deverá ser reconhecida oficialmente pela AFC em cada país”, sublinha o organismo, acrescentando que apenas “reconhecerá” e “negociará” com a atual federação no que respeita ao futebol australiano.
A FIFA também suporta essa decisão, referindo que apenas apoiará uma federação em cada país e que na Austrália esse organismo é a FFA.
Com a criação da nova federação, o magnata Clive Palmer frisou a vontade de esta substituir a FFA e referiu que o atual organismo “é incompetente, nacional e internacionalmente”.
“O que é que o Futebol Austrália pretende fazer? Publicar, dar conferências de imprensa, procurar opiniões, ter influência no governo, ter influência na FFA, por um melhor desempenho para os australianos e para o jogo na Austrália”, disse Palmer.
Nas críticas, o bilionário focou-se na FFA, referindo que o organismo “balança de desastre em desastre” e necessita de ser substituído.
Do lado da FFA, o diretor-geral Ben Buckley disse que o organismo não pretende responder a Palmer e que este apenas pretende desviar as atenções: que o Gold Coast United não cumpriu com as regras e regulamentos da competição.
Em causa estão críticas contundentes de Palmer, que chegou a apelidar de “ditadores” os responsáveis da FFA, nomeadamente o seu presidente, Frank Lowy, e que levaram este a dizer que a FFA não tinha alternativa senão tirar a licença ao Gold Coast por “flagrante menosprezo” das regras da Liga.