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EPFL pede «bom senso» na avaliação dos critérios de inscrição de jogadores

Emanuel Medeiros, diretor executivo da Associação Europeia das Ligas Profissionais de Futebol (EPFL), defende “bom senso” na ponderação da UEFA em vedar a inscrição de jogadores vinculados a terceiras entidades.

Membro do Conselho Estratégico da UEFA que discutiu hoje, em Munique, o projeto, Emanuel Medeiros fará também parte de uma “task force” que em setembro, na próxima reunião deste grupo, apresentará “propostas mais concretas” sobre uma eventual regulamentação neste âmbito.

“Hoje tratou-se apenas de uma abordagem inicial. Uma decisão nesta matéria implicará sempre bom senso e não será nunca tomada de ânimo leve”, garantiu Emanuel Medeiros, em declarações à agência Lusa.

O responsável da EPFL reconhece que a venda de parcelas dos passes de jogadores a fundos ou outras entidades “é uma realidade importada da américa latina e que está cristalizada na Europa”, pelo que uma decisão final “terá de ser bastante ponderada”.

“O recurso a fundos já é alvo de uma supervisão apertada em muitos países. Não podemos confundir fundos que têm as suas práticas legalizadas de forma transparente com outros sedeados em ‘offshores’”, alertou Emanuel Medeiros.

Esta generalização numa “avalização extremista” dos fundos acarreta, para Emanuel Medeiros, o risco de “reduzir o futebol europeu a 10 ou 15 clubes”, já que a repartição dos direitos económicos dos passes “é prática comum”, à exceção de Inglaterra e França.

“É necessário deixar uma mensagem de tranquilidade. O caminho é encontrar uma solução adequada, sem prejuízo da transparência e integridade das competições”, defende Emanuel Medeiros, mais inclinado em reforçar os métodos de fiscalização destas parcerias.

O Conselho Estratégico para o Futebol Profissional (PFSC) da UEFA reuniu-se hoje em Munique, palco da final de sábado da Liga dos Campeões, entre o Bayern de Munique e o Chelsea, a discutiu este projeto, que será aprofundado na próxima reunião, agendada para setembro, em Nyon (Suíça), sede do organismo europeu.

“Dada a utilização generalizada deste recurso no futebol europeu e os perigos que acarreta, a UEFA está a considerar a hipótese de proibir a inscrição nas suas competições de jogadores cujos passes são possuídos por terceiras entidades”, escreveu o organismo no seu site oficial na internet.

Se este plano for formalizado, como já acontece em Inglaterra, o recurso a fundos para alienação de parte dos direitos económicos de jogadores, como sucede com muitos clubes portugueses, será proibida pela UEFA, que barrará a inscrição desses futebolistas nas suas competições.

Este Conselho estratégico é composto por elementos da UEFA, Associação Europeia de Clubes, Ligas Europeias de Futebol Profissional e divisão europeia do sindicato internacional de jogadores, FIFPro.

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