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Bock: «Em Portugal treina-se muito e joga-se pouco»

Em 12 anos com o emblema do Freamunde ao peito, o avançado Bock já conta com mais de 100 golos no currículo pela equipa do concelho de Paços de Ferreira. Formado nas escolas do FC Porto, o goleador de 36 anos ainda não consegue explicar como não teve direito a uma única oportunidade no plantel presidido por Jorge Nuno Pinto da Costa.

Bock: «Em Portugal treina-se muito e joga-se pouco»

Agora, com o inevitável pendurar das chuteiras cada vez mais próximo, ‘Super Bock’, como é amavelmente tratado pelos adeptos, só pensa em «garantir a manutenção o mais rapidamente possível» e continuar a fazer o que melhor sabe: marcar golos!

Em declarações exclusivas ao Futebol 365, Bock foi convidado a comentar as suas palavras da semana passada, após o penalti falhado com o Tondela. Na altura, o avançado assumiu todas as responsabilidades pela derrota da sua equipa (Freamunde perdeu em casa por 0-1). «Disse aquilo porque se fizesse golo o resultado seria diferente. Um capitão tem que se assumir não só nos bons, mas principalmente nos maus momentos», comentou, revelando que o Freamunde já é o clube que mais o marcou na sua carreira.

«A última vez que subimos à Segunda Liga foi incrível! Conseguimos recuperar de uma desvantagem de 14 pontos», partilhou.

No ano transato, a formação do distrito do Porto passou por grandes dificuldades, pois os jogadores ficaram vários meses sem receber um único cêntimo. Bock explicou ao Futebol 365 que esse período foi muito complicado e que a manutenção só foi alcançada à custa de muito sacrifício.

«Foi uma fase muito difícil, pois não é fácil motivar um balneário quando não se recebe. Tivemos que engolir certas coisas, mas no fim soube melhor, porque contra tudo e contra todos ficamos na Segunda Liga», salientou, admitindo que o Paços de Ferreira é ajudado mais financeiramente do que o Freamunde.

«O Paços de Ferreira tem as transmissões televisivas, o que ajuda bastante. Mas é um clube sério, que não entra em loucuras. Os apoios do Freamunde são menores e diferentes», explicou.

Este ano, a entrada das equipas B trará mais jornadas à Segunda Liga, mas Bock está muito satisfeito com isso. O motivo é simples: «Em Portugal treina-se muito e joga-se pouco», criticou.

A terminar, a incerteza quanto ao que fará quando deixar de jogar futebol, mas com a confidência do desejo de um dia poder vir a ser treinador. «Ainda não pensei nisso, mas gostava de ser técnico principal», terminou.

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