O Sporting empatou hoje com o Basileia (0-0), em jogo do grupo G da Liga Europa em futebol, pagando caro por um erro crasso de Xandão a abrir a segunda parte e pelos equívocos de Sá Pinto.
O momento decisivo do jogo aconteceu aos 50 minutos, quando Xandão, com a bola dominada, cometeu uma fífia monumental e, sem velocidade de reação, foi obrigado a rasteirar Streller à entrada da área, precipitando a sua expulsão e deixando a equipa em inferioridade numérica.
Sá Pinto, como lhe competia, lançou um central (Daniel Carriço) em campo, mas fê-lo sacrificando uma unidade fundamental no equilíbrio do meio-campo, Elias, em vez de optar pela saída do desinspirado Capel, avançando no terreno o jogador mais capaz de resolver a partida com um lance de inspiração, Izmailov.
Ao invés, forçou o russo a recuar para a zona de jurisdição de Gelson, acelerando o seu desgaste, e partindo a equipa ao meio, numa altura em que o Basileia, com mais um jogador, ganhou clara superioridade no meio-campo e subiu as suas linhas, forçando o Sporting a defender nas imediações da sua área.
O treinador leonino não tardou a perceber o erro e onze minutos depois da saída de Elias, lançou André Martins para reequilibrar a equipa, mas sacrificando, desta vez, Izmailov, que confere outra dimensão ao processo ofensivo, pela soluções que introduz no último terço do campo, quando é preciso abrir brechas perante defesas com muitas unidades, como foi o caso do Basileia durante toda a primeira parte.
Nesta fase já a equipa suíça tinha tomado conta da partida, tirando partido da superioridade numérica, da desorganização que se seguiu à saída de Elias e da intranquilidade que se apossou dos jogadores leoninos, para pressionar o último reduto do Sporting e criar algumas situações passíveis de golo, nomeadamente uma bola na barra rematada por Sauro e um falhanço incrível de Alexander Frei só com Rui Patrício pela frente.
É verdade que Van Wolfswinkel podia ter dado a vitória aos leões aos 74 minutos, num lance de contra-ataque, após um lançamento longo de André Martins, mas ao dominar a bola no peito precipitou-se ao rematar de pronto, sem confiança, quando podia ter entrado na área e finalizado em melhores condições.
Seja como for, seria um prémio imerecido para o Sporting em função da pobre segunda parte que rubricou, com o público a não gostar das substituições de Elias, Izmailov e até de Carrilo, aos 77 minutos, o primeiro importante no equilíbrio do meio-campo e os outros dois por serem aqueles com maior capacidade para provocarem desequilíbrios.
De resto, o Sporting fez uma primeira parte bem conseguida, sem dar hipótese alguma ao Basileia de criar qualquer lance de perigo - a exceção foi um livre dos suíços, aos 24 minutos, em que a defesa se desconcentrou nas marcações -, com a equipa mais equilibrada e capaz de dar profundidade e acutilância aos seus lances ofensivos, embora no último quarto de hora tenha perdido alguma capacidade de pressionar e algumas intermitências nas suas transições ofensivas.
Confira aqui tudo sobre a competição.
Siga-nos no Facebook, no Twitter, no Instagram e no Youtube.