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O próximo dia 21 de outubro promete agitar como nunca o povo de Ponte da Barca, vila do distrito de Viana do Castelo com pouco mais de 2000 habitantes. A 3ª eliminatória da Taça de Portugal não foi por menos e ditou uma receção aos detentores do troféu, a Académica de Coimbra. O burburinho na terra minhota já se sente e Zeca Tó, treinador da Associação Desportiva de Ponte da Barca, aceitou falar com o Futebol 365 sobre o grande desafio que se aproxima.
No fundo, tudo o que se pretende é aproveitar o momento. Sempre de olho numa surpresa…
«Ainda não falei com a equipa toda, mas já estive com alguns jogadores. O entusiasmo é grande, para jogadores, direção e a vila em geral. É a primeira vez que recebemos uma equipa da Liga Zon Sagres, vai ser um dia de festa para todos», comentou o treinador, que não descarta uma gracinha, apesar de ter noção da diferença de recursos entre as duas formações.
«Vencer seria ouro sobre azul. Estamos cientes da nossa realidade, mas não vamos nunca pensar em entrar para o campo derrotados. Quero transmitir aos meus jogadores, acima de tudo, que se trata de um momento bonito de ser vivido», salientou, não se esquecendo de uma palavra aos incansáveis adeptos.
«São o número 12! Estamos a tentar motivar as gentes de Ponte da Barca a deslocar-se ao estádio para ver os nossos jogos e isso tem acontecido. Peço a todos os barquenses que nos apoiem mais uma vez diante da Académica de Coimbra!», assinalou.
«Tento sempre motivar os mais jovens a acreditar que tudo é possível»
Noutro âmbito, o Futebol 365 não perdeu a oportunidade para questionar Zeca Tó acerca das ambições do Ponte da Barca na III Divisão. A subida de escalão não parece ser o maior objetivo. Pretende-se uma boa classificação final, antes do resto.
«Nunca pensámos em subir à II Divisão B. Tentámos manter a equipa que terminou a última época. Ficar nos seis primeiros lugares seria ótimo. Quanto mais longe conseguirmos chegar, melhor», antecipou, explicando que é preciso muita paixão para se ser treinador e jogador de uma equipa amadora.
«Não é fácil. É preciso existir paixão pelo futebol e pela terra em si. Tento sempre motivar os mais jovens a acreditarem que tudo é possível. Os mais velhos funcionam à base da paixão e amizade. A alegria e união são preponderantes no Ponte da Barca», rematou.
