A selecção nacional joga esta sexta-feira na Rússia, uma partida de caráter decisivo para as contas do Grupo F que, muito provavelmente será decidido entre estas duas formações.
No relvado sintético do Estádio Luzhniki vão medir forças duas seleções que contam por vitórias os dois jogos já realizados e dispararam no topo da classificação, com cinco pontos de vantagem sobre as restantes equipas do agrupamento – Luxemburgo, Irlanda do Norte, Azerbaijão e Israel -, que totalizam apenas um.
Portugal nunca ganhou em Moscovo e nem sequer marcou qualquer golo, mas a reedição do último resultado obtido na capital russa (empate 0-0) não deverá desagradar a Paulo Bento, tendo em consideração que o adversário impressionou nos encontros com irlandeses e israelitas e contará com o apoio dos seus entusiásticos adeptos.
A equipa das “quinas”, pelo contrário, entrou de forma hesitante no Luxemburgo: sofreu um golo muito cedo e desperdiçou vários até dar a volta ao resultado, vivendo até ao apito final sob a ameaça do empate - acabou por se impor por tangencial 2-1 perante uma equipa composta maioritariamente por amadores.
No segundo jogo, Portugal voltou a passar ao lado da goleada frente ao Azerbaijão, mas produziu uma exibição mais colorida e só por manifesta falta de sorte precisou de 63 minutos para inaugurar o marcador, por intermédio do suplente Varela, antes de aumentar para 3-0 nos minutos finais.
A Rússia conquistou os mesmos seis pontos, mas de forma mais convincente e perante adversários menos acessíveis: estreou-se com um triunfo por 2-0 na receção à Irlanda do Norte – adversária seguinte de Portugal – e foi depois a Israel golear por 4-0.
Orientada por Fabio Capello, a seleção russa parece já ter assimilado algumas qualidades que o treinador italiano tanto aprecia, em especial a solidez defensiva, contando no ataque com o instinto goleador do avançado Alexander Kerzhakov, autor de dois golos em Telavive.
O médio Igor Denisov pode converter-se em baixa inesperada para Capello, depois de ter entrado em rota de colisão com os responsáveis do Zenit de São Petersburgo, ao contestar publicamente o salário auferido pelo internacional brasileiro Hulk, recentemente transferido do FC Porto.
Denisov foi relegado para a segunda equipa do Zenit – tal como Kerzhakov, apesar de o avançado ter sido rapidamente reintegrado no plantel principal -, mas o selecionador russo não abdicou do seu “capitão” e convocou-o para a dupla jornada com Portugal e o Azerbaijão.
Cristiano Ronaldo, autor do primeiro golo luso no Luxemburgo, será a grande preocupação de Capello. O treinador italiano também não terá muita dificuldade em calcular o “onze” de equipa portuguesa, que não deve diferir muito do que Paulo Bento apresentou nas duas partidas anteriores.
O relvado sintético do Luzhniki poderá favorecer os russos, mas não constituirá um obstáculo para a equipa das “quinas”, conforme já observou Paulo Bento na conferência de imprensa de quinta-feira passada, lembrando que as equipas lusas já obtiveram bons resultados naquele palco.