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Portugal sem «chama» perde na Rússia e deixa escapar liderança do grupo

A seleção portuguesa de futebol foi hoje incapaz de responder ao golo madrugador de Aleksandr Kerzhakov, perdendo por 1-0 na Rússia e permitindo que a maior rival na corrida ao Mundial2014 se isolasse na liderança do Grupo F.

Portugal sem «chama» perde na Rússia e deixa escapar liderança do grupo

Um golo marcado aos seis minutos, numa altura em que nenhuma das equipas o justificava e no único remate russo à baliza durante toda a etapa inicial, consumou a primeira derrota de Portugal, que teve quase sempre a bola em seu poder, mas nunca soube o que fazer com ela.

A Rússia, que encontrou na falta de inspiração de Cristiano Ronaldo e seus pares a sua maior aliada, destacou-se no topo do Grupo F, com o pleno de nove pontos e três de vantagem sobre Portugal, cujo domínio estéril lhe custou o terceiro jogo em “branco” em Moscovo, depois da derrota em 1983 (5-0) e do empate em 2005 (0-0), nos dois únicos confrontos anteriores.

A atuação defensiva da seleção anfitriã, cujo “onze” se confundia com o do Zenit de São Petersburgo, nem sequer precisou de impressionar o seu selecionador, o italiano Fabio Capello, tal a falta de acutilância do ataque da equipa portuguesa, apesar de ter vivido durante grande parte do jogo no meio-campo russo.

Cristiano Ronaldo e Pepe recuperaram das lesões sofridas no clássico com o FC Barcelona e foram titulares na seleção portuguesa, mas Raul Meireles cedeu o previsível lugar no meio-campo a Ruben Micael, depois de ter sofrido uma entorse no joelho esquerdo durante o treino de quinta-feira no relvado artificial do Estádio Luzhniki.

Única alteração no “onze” de Paulo Bento relativamente ao jogo com o Azerbaijão, Ruben Micael não poderia ter tido um início mais desastrado: um passe errado do médio do Sporting de Braga permitiu que Shirokov estendesse a “passadeira vermelha” a Kerzhakov e o avançado concluiu com êxito à saída de Rui Patrício, desesperado com o vazio defensivo da equipa lusa.

Portugal reagiu de imediato e assumiu o comando das operações, ainda que para isso tivesse contado com alguma condescendência do adversário. Aos 11 minutos, Ronaldo testou os reflexos do guarda-redes Akinfeev, que voltou a responder à altura pouco depois, a um remate de cabeça de Bruno Alves.

A substituição de Fábio Coentrão, lesionado, por Miguel Lopes, aos 20 minutos, coincidiu com a perda de “gás” do conjunto luso, que continuou senhor absoluto da bola, devidamente autorizado por uma seleção da Rússia que só timidamente dava sinais de querer marcar o segundo golo.

A tendência acentuou-se após o intervalo com a troca de Fayzulin por Glushakov, de natureza mais defensiva, mas, apesar de os anfitriões se aventurarem cada vez menos no ataque, Portugal nunca conseguiu encontrar o caminho para a baliza de Akinfeev.

Aos 58 minutos, Cristiano Ronaldo antecipou-se à defesa anfitriã, num momento de rara liberdade concedido ao “capitão” luso, mas errou o alvo e nem as substituições de Ruben Micael e Hélder Postiga por Varela e Éder trouxeram a necessária “chama” ao ataque de Portugal.

Nos momentos finais, foi mesmo o guarda-redes Rui Patrício que evitou o segundo golo russo, desviando o remate de Kokorin após um rápido contra-ataque, mas não uma derrota perfeitamente evitável, a primeira sofrida por Portugal após sete encontros sem perder, contando com o empate 0-0 com a Espanha nas meias-finais do Euro2012 (derrota por 4-2 no desempate por grandes penalidades).

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