O julgamento do caso de uma burla milionária, nomeadamente, a futebolistas, continua dia 31 nas Varas Criminais do Porto, após o coletivo presidido pelo juiz João Castro ter feito várias alterações ''de redação'' na acusação.
As alterações foram anunciadas hoje pelo coletivo e os advogados dos dois arguidos neste caso requereram ''cinco dias'', argumentando que era o prazo mínimo ''necessário'' para se preparem face aos novos elementos, mas o juiz João Castro opôs-se.
''É patente a simplicidade das alterações ora comunicadas, sendo ainda de referir que algumas delas resultaram de factos alegados pela defesa dos arguidos. O prazo de cinco dias afigura-se-nos excessivo'', disse João Castro.
São arguidos José Carlos Martins e a ex-mulher, Cláudia Dória, e em causa estão nove crimes de burla qualificada, de que foram vítimas, nomeadamente, antigos futebolistas do Boavista como Jorge Couto (496 mil euros), Sérgio Leite, Ricardo (496 mil euros) e Hélder.
O coletivo considerou ''adequado'' dar um prazo de ''24 horas'' e agendou para dia 31, às 09:30, a continuação da audiência, na qual poderá então ser conhecida a sentença deste caso.
O juiz lembrou que este é um ''processo urgente'' e, também, que José Carlos Martins se encontra ''em prisão preventiva'', tendo por isso interesse em ver este caso resolvido.
A acusação considera que José Carlos Martins ''arquitetou'' um plano que prometia lucros chorudos através de ''investimentos financeiros e imobiliários'', tendo-o executado com ''conhecimento e auxílio'' de Cláudia Dória.
O plano, que decorreu entre 1998 e 2009, foi um ''mero estratagema'' dos arguidos para obter vantagens económicas para si, ''iludindo a boa-fé dos ofendidos''.