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Futuro incerto: Jogadores portugueses? Onde?

No ranking mundial, Portugal é cotado como uma das selecções mais poderosas do mundo e tem estado em destaque no futebol mundial há mais de uma década. Mas não se prevê um futuro risonho para os jogadores portugueses se as regras e mentalidades se mantiverem como estão. Os jogadores estrangeiros estão em clara maioria no campeonato luso e a formação de jovens craques nacionais está claramente desvalorizada. Onde estão os jogadores portugueses? Não têm qualidade?

Futuro incerto: Jogadores portugueses? Onde?

Dos 16 clubes da Liga Zon Sagres, apenas seis têm o índice de utilização de jogadores nacionais acima de 50%: Paços de Ferreira, Moreirense, Vitória de Guimarães, Vitória de Setúbal, Beira-Mar e Olhanense. Em todos eles, as percentagens não chegam aos 60%. Os que utilizam menos jogadores portugueses são os ditos três grandes: Sporting, FC Porto e Benfica. Que conclusões se podem retirar? Os jogadores portugueses têm pouca qualidade? Premissa errada: os jogadores nacionais não são é aproveitados pelos clubes portugueses e têm de procurar a sua sorte no estrangeiro.

Vejamos o exemplo do Cluj: uma equipa romena formada com jogadores portugueses que não tiveram oportunidades em Portugal e que brilharam na Liga dos Campeões (Mário Felgueiras, Ivo Pinto, Camora ou Rui Pedro) e, obra da ironia, ajudaram a afastar o Sp. Braga da Europa em Novembro.

O último derby lisboeta foi elucidativo: o Sporting alinhou apenas com Rui Patrício e tinha outro português no banco de suplentes, no caso Cédric Soares. O Benfica alinhou com André Gomes de início e André Almeida entrou no decorrer do segundo tempo. Num derby do futebol nacional, estiveram apenas três portugueses em campo. Não existem jogadores portugueses com valor equivalente aos estrangeiros? Claro que sim, mas a aposta é sempre no desconhecido: os profissionais estrangeiros necessitam de tempo de adaptação. (Outra ironia: não se dá muito tempo para se adaptarem e ao final da primeira época já têm um pé fora do clube).

Os clubes devem exigir de si próprios uma aposta forte na formação e contratar apenas estrangeiros de valia confirmada. A filosofia deve ser fácil: apostar nos jovens portugueses beneficia o clube (retribuição da aposta na formação do jogador) e a própria selecção portuguesa. Quanto mais cedo se fizer esta mudança, mais cedo vamos colher os resultados. Já chega de ostracizar os jovens portugueses!

Confira aqui tudo sobre a competição.

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