O presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), Fernando Gomes, mostrou-se hoje solidário com o futebolista Raúl Meireles, suspenso por 11 jogos pela Federação turca, acusado de incidentes graves com um árbitro.
O médio internacional português, jogador do Fenerbahce, foi castigado depois de o árbitro o ter expulso e escrito no relatório que Meireles cuspiu-lhe, fez gestos insinuando que era homossexual e o terá insultado.
“É com muita surpresa que vejo serem-lhe atribuídos estes atos, que o Meireles não tem qualquer possibilidade de ter feito. As imagens que a própria televisão turca passou mostram claramente que não terá cuspido no árbitro”, considerou Fernando Gomes, em declarações ao sítio da FPF.
O presidente do organismo máximo do futebol português lembrou que conhece o médio “há muitos anos” e que está surpreendido por lhe serem atribuídas essas atitudes.
“Tenho uma imagem extremamente positiva sobre o caráter, a personalidade e a pessoa de Raúl Meireles, que conheço há imenso tempo”, justificou o dirigente.
A finalizar a sua mensagem, Fernando Gomes referiu que ele próprio e a FPF estão à disposição do jogador, no sentido de “o defender” no limite das competências, mostrando-lhe todo o “apreço e solidariedade”.
Na quinta-feira, em declarações à agência Lusa, o futebolista disse ser “inacreditável” o castigo que lhe foi aplicado, negou as acusações do árbitro e revelou estar disposto a avançar com um processo.
“Acho que isto é inacreditável, um castigo de tantos jogos, baseado em mentiras do relatório do árbitro. Eu tive acesso e estive a ler e ele diz que lhe cuspi na cara. É pura mentira. Diz também que lhe mostrei um símbolo que queria dizer que ele era ‘gay’”, disse então o jogador.
O internacional português alegou que apenas terá acusado o árbitro, Halis Ozkahya, de estar a ajuizar “com medo”, mostrando-lhe a “mão cerrada”, depois de ser admoestado com um segundo cartão amarelo, consequente vermelho e ordem de expulsão, durante a visita de domingo do Fenerbahçe ao rival Galatasaray.