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CAN 2013: Televisão de Cabo Verde só transmitirá jogos se tiver dinheiro

O primeiro-ministro de Cabo Verde afirmou hoje que a Televisão Pública de Cabo Verde (TCV) só deverá transmitir os jogos da Taça das Nações Africanas de futebol (CAN2013) se tiver condições financeiras e comerciais para o fazer.

CAN 2013: Televisão de Cabo Verde só transmitirá jogos se tiver dinheiro

José Maria Neves comentava o facto de a TCV estar com dificuldades em conseguir comprar os direitos de transmissão dos jogos da CAN2013, cuja fase final começa no sábado e se prolonga até 10 de fevereiro, devido ao valor pedido pela empresa detentora dos direitos LC2, no montante de 750 mil euros.

''A TCV poderá transmitir se tiver condições financeiras e comerciais para o fazer. A questão deveria ter sido analisada há muito tempo'', frisou o chefe do executivo cabo-verdiano, lembrando, porém, que o valor agora em causa é menos de metade do exigido inicialmente pela LC2.

José Maria Neves defendeu a continuação das negociações entre a TCV e a LC2 e descartou qualquer envolvimento do Governo.

Na quarta-feira, a direção da TCV reuniu-se com os responsáveis da LC 2, sob a mediação do presidente cabo-verdiano, Jorge Carlos Fonseca, para tentar reduzir o valor dos direitos de transmissão, reunião que terminou sem qualquer acordo.

O primeiro.ministro cabo-verdiano realçou que a TCV já recebe recursos públicos através da taxa de rádio e televisão, pelo que não existe nenhuma possibilidade de o Governo disponibilizar verbas para que se transmitam os jogos da CAN2013, nem mesmo os que Cabo Verde disputará contra a anfitriã África do Sul, Marrocos, no dia 23, e Angola, no dia 27.

O governante criticou o ''amadorismo com que algumas questões são tratadas no país'', referindo-se à campanha iniciada nos últimos dias para que o empresariado apoie a seleção cabo-verdiana de futebol, que ainda não conseguiu toda a verba orçamentada para a sua participação na CAN.

''É uma constatação relativamente à forma como as coisas estão ser feitas nos últimos dias. Para a nossa participação na CAN, (a Federação Cabo-Verdiana de Futebol - FCF) deveria ter feito um plano de negócio para envolver as empresas, porque as empresas envolvem-se em planos de negócios e a seleção tem condições para trazer retorno às empresas'', afirmou.

''As coisas deveriam ter sido feitas a tempo. Deveríamos ter tido todos os esclarecimentos, nomeadamente sobre o valor a ser disponibilizado pela Confederação Africana de Futebol (CAF) e sobre o valor global da nossa participação'', advertiu.

José Maria Neves referiu que, para a seleção se deslocar à África do Sul, o Governo deu 12 mil contos (cerca de 109 mil euros), através de um contrato-programa com a FCF, lembrando também os 23 mil contos (209 mil euros) disponibilizados para o jogo com os Camarões, em outubro de 2012, e que ditou o apuramento para a fase final da prova.

O chefe do Governo garantiu que a ministra da Educação e Desporto cabo-verdiana, Fernanda Marques, está na África do Sul e que irá fazer ''tudo o que for necessário'', dentro das possibilidades do país, para que Cabo Verde participe com dignidade na prova.

Confira aqui tudo sobre a competição.

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