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CAN 2013: Angola e Cabo Verde são agora «combatentes» em frentes opostas

Aliados há décadas na causa pela independência, Angola e Cabo Verde serão ''combatentes'' em campos opostos quando, no domingo, entrarem em campo, num encontro em que se joga a continuidade na Taça das Nações Africanas de futebol (CAN2013).

CAN 2013: Angola e Cabo Verde são agora «combatentes» em frentes opostas

À partida, e olhando para a classificação do Grupo A da prova, as quatro equipas concorrentes têm todas hipóteses de seguir em frente, com a África do Sul, seleção anfitriã, a liderar com quatro pontos, sendo seguida por Cabo Verde e Marrocos com dois, enquanto Angola é última com apenas um ponto.

Num jogo de tudo ou nada, as duas seleções lusófonas podem ficar arredadas da fase seguinte, caso a seleção cabo-verdiana, também conhecida pelos ''Tubarões Azuis'', não vença, podendo as duas equipas serem afastadas pelos critérios de desempate.

Se Cabo Verde depende de si próprio - terá de vencer Angola -, já os ''Palancas Negras'' dependem de terceiros, uma vez que, se baterem os cabo-verdianos, terão de esperar que a África do Sul ganhe a Marrocos ou empate. No caso de derrota da África do Sul, valerá a diferença de golos.

Neste caso, Angola ainda não marcou nenhum e sofreu dois, enquanto a África do Sul tem o inverso - dois marcados e nenhum sofrido -, pelo que os resultados nos dois jogos têm de permitir aos angolanos recuperar aquela margem negativa.

Em Cabo Verde, cuja seleção se estreia numa fase final de uma CAN, não há raiva nem rancor contra os angolanos, mas uma salutar disputa contra um ''país irmão'' na luta pela fase seguinte da prova.

''Cabo Verde está a aprender e é estreante. Já fizemos muito. Empatamos com duas grandes potências africanas e isso já nos orgulha'', disse à agência Lusa Franklin Palma, presidente do Comité Olímpico cabo-verdiano, que salientou que, caso se falhe o apuramento, ''haverá motivo de orgulho e nunca de tristeza'' com a prestação global dos ''rapazes''.

''Mas não ficarei surpreendido se passarmos à fase seguinte, dado as boas exibições frente à África do Sul e Marrocos, jogos que poderíamos ter vencido. Temos de acreditar nas potencialidades da nossa seleção'', acrescentou o também editor da agência Inforpress.

Em Luanda, a desilusão pelos resultados alcançados até agora é indisfarçável, por não corresponderem à euforia que rodeou a preparação dos ''Palancas Negras'' para a prova, com quatro vitórias e um empate nos desafios realizados.

Na imprensa, e nas ruas, a desilusão é dirigida contra o selecionador, o uruguaio Gustavo Ferrin, pelos ''onze'' que escolheu e para a prestação de alguns jogadores, sobretudo o lateral Lunguinha, que na próxima época jogará no Vitória de Setúbal.

Pressionado a vencer, Gustavo Ferrin viu o presidente da Federação Angolana de Futebol, Pedro Neto, fixar como objetivo para este CAN a passagem aos quartos de final.

De Cabo Verde, Angola guarda a memória grata de ter sido um cabo-verdiano, Carlos Alhinho, a dirigir a primeira qualificação dos ''Palancas Negras'' para uma CAN, na edição de 1996, realizada igualmente na África do Sul.

Há 17 anos, com duas derrotas e um empate, Angola ficou-se pela fase de grupos.

No próximo domingo, Angola repetirá a história de há 17 anos ou vai escrever uma página nova, perante um país irmão na luta pela independência?

Confira aqui tudo sobre a competição.

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