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Real Madrid–Manchester United: O futebol total no seu esplendor

Dez anos depois do último embate milionário, Real Madrid e Manchester United voltaram a travar novo duelo. No apogeu da era galática, os merengues saíram por cima com distinção. Desta feita, os red devils aprenderam a lição e adotaram uma postura bem mais pragmática. No intervalo da eliminatória, os resultados estão à vista de todos!

Real Madrid–Manchester United: O futebol total no seu esplendor

Alex Ferguson percebeu há uns anos que o tradicional 4-4-2 à inglesa não é o modelo mais adequado para se ser bem sucedido numa prova como a Liga dos Campeões. Com um jogador como Wayne Rooney no auxilio às linhas mais recuadas – foi frequente vê-lo no Bernabéu a assumir função semelhante à de Park Ji-Sung em tempos recentes –, a equipa torna-se mais combativa no miolo e menos sujeita a desequilíbrios. Também Shinji Kagawa foi preponderante a suster Xabi Alonso.

Mas existiram momentos em que o Real Madrid conseguiu abalar a retaguarda inglesa. Valeu De Gea na maior parte desses casos. A par de Fábio Coentrão, com quem travou acesa luta, o ex-colchonero mostrou a categoria que o levou a assinar pelo Manchester United. Não fosse Cristiano Ronaldo (quem mais?) em novo momento mágico e os merengues ainda hoje não teriam descoberto a rota para a baliza dos ingleses. E com Benzema e Higuain longe do fulgor evidenciado na última época, o poder de fogo da equipa de José Mourinho é quase na totalidade do português. E ai está uma nuance em relação ao desafio de ambas as formações na época de 2002-2003. Que bem pode vir a fazer diferença...

Nesta matéria, os diabos vermelhos são claramente superiores. Contam com um Van Persie em época diabólica, Rooney a manter a consistência de sempre e um Welbeck a revelar-se. Que o diga Sérgio Ramos, que além de ter ficado nas covas no golo inglês, roubou a Arbeloa o título de membro mais débil da defensiva dos blancos, no embate da passada quarta-feira. E ainda há Chicharito...

A formação de Mourinho discute nas próximas semanas, em Camp Nou e em Old Trafford, a continuidade na Taça do Rei e na Champions League, respetivamente. A pressão em San Martin é grande e notou-se neste encontro. Foi um retrato fiel da situação atual da equipa madrilena. Inconstante e muito dependente de rasgos individuais – por fim apareceu Di Maria ao seu melhor nível –, o Real Madrid não conseguiu manter o mesmo nível ao longo de toda a partida. Se contra o Barcelona já é situação recorrente, o certo é que, sem desprimor para os red devils, não deixa de ser preocupante para um Real Madrid que foi tão dominador em 2011-2012.

A cinco de março próximo, em Old Trafford, a qualidade do espetáculo está garantida, uma vez mais. É uma boa oportunidade para Robin Van Persie provar, ainda que com elevado índice de risco, que Ferguson estava certo ao compará-lo com Cristiano Ronaldo. O internacional português, por seu lado, tudo fará para deixar boa impressão no regresso a casa. E, a juntar a estas, há muitas outras boas razões para aguardar com ansiedade pela 2.ª mão. Nem que seja pela reputação ímpar de um embate que não deixa ninguém indiferente no mundo do futebol.

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