loading

Algarve Cup: Seleção portuguesa objeto de estudo sobre fadiga e recuperação

A seleção portuguesa de futebol feminino, a disputar a Algarve Cup até 13 de março, está a participar num estudo que pretende avaliar os níveis de fadiga e recuperação das atletas depois de jogos consecutivos de alto nível.

Algarve Cup: Seleção portuguesa objeto de estudo sobre fadiga e recuperação

Susana Póvoas, investigadora do Instituto Superior da Maia e coordenadora do projeto explicou à agência Lusa que o objetivo é estudar o perfil da fadiga das atletas e a consequente recuperação das futebolistas após o esforço em vários jogos.

“Estamos a monitorizar a atividade das jogadoras durante o treino e jogos, com os cardio-frequencímetros [dispositivo eletrónico que mede a frequência cardíaca] e com colheitas de sangue venoso após jogos, marcadores que acreditamos que têm ligação com a performance das jogadoras”, disse a investigadora.

Para Susana Póvoas, os dados que vão recolher vão poder ajudar no desenvolvimento de estratégias, de forma a “assegurar a recuperação mais eficiente” das jogadoras nestas competições “que são tão intensivas num curto espaço de tempo”.

O estudo, em si, é feito através de dois marcadores: um cardio-frequencímetro, que as atletas colocam antes dos treinos, e análises sanguíneas.

As atletas respondem, após cada treino, a um questionário que verifica subjetivamente o esforço e o desconforto muscular que sentem. Os dados serão depois todos cruzados e analisados.

A investigadora realça a colaboração das atletas no estudo, que desde o primeiro dia se mostraram disponíveis para contribuir, considerando que elas foram “uma fonte motivadora” do trabalho.

“Para o desporto evoluir, e para a ciência evoluir, há que ter a colaboração de todas as partes, desde treinadores e jogadoras”, justificou Susana Póvoas.

A investigadora prevê que, dentro de alguns dias, possa dar “algum feed-back aos treinadores e jogadoras daquilo que está a ser a sua prestação”, embora reconheça que para as conclusões gerais ainda possa levar algum tempo.

Para a médica da seleção portuguesa Elsa Fonseca, o estudo vai ser útil na medida em que não existem muitos focalizados no futebol feminino.

“Há poucos efetuados no futebol feminino. É importante para a recuperação neste tipo de torneio, onde são disputados vários jogos consecutivos de alto nível. Poderá dar informações para qual será a melhor abordagem para fazer um treino de recuperação nestas atletas”, justificou Elsa Fonseca.

Atualmente, a recuperação das atletas é feita através de procedimentos com alguns anos do estudo da parte clínica das jogadoras pelos médicos “e do exame objetivo do que vão transmitindo” as atletas.

Para a médica, os resultados do estudo podem servir de orientação para uma nova abordagem na recuperação destas atletas.

Além da seleção portuguesa, também as jogadoras das equipas da Suécia e da Dinamarca estão a ser monitorizadas, contando o estudo com a colaboração da Universidade de Orebro, Suécia, da Universidade de Exeter, no Reino Unido, e o apoio da Federação Portuguesa de Futebol.

Denominado “Fadiga e Perfil de recuperação em jogos consecutivos de Futebol de Alto Nível”, o estudo está a ser elaborado conjuntamente por investigadores portugueses do Instituto Superior da Maia e Faculdade de Desporto da Universidade do Porto, em colaboração com investigadores suecos e dinamarqueses.

O Instituto Piaget de Silves participa igualmente no estudo já que disponibilizou as enfermeiras para a recolha de sangue às jogadoras.

Siga-nos no Facebook, no Twitter, no Instagram e no Youtube.

Relacionadas

Para si

Na Primeira Página

Últimas Notícias

Notícias Mais vistas

Sondagem

Roger Schmidt tem condições para continuar no Benfica?