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Mundial sub-20: Rui Bento e Paulo Torres recordam espírito de família

Os antigos futebolistas Rui Bento e Paulo Torres contaram à agência Lusa que foi o espírito de “família” que permitiu à seleção portuguesa de sub-20 revalidar o título mundial de sub-20 em 1991.

Mundial sub-20: Rui Bento e Paulo Torres recordam espírito de família

“O mais marcante foi quando ganhámos. A nossa seleção tinha um percurso que passa despercebido a muita gente, mas estivemos em todas as finais possíveis, no Europeu de sub-16 e de sub-18. E, depois, no Campeonato do Mundo, em casa, tínhamos uma responsabilidade acrescida, mas funcionámos como uma família e conseguimos conquistar o Mundial”, explicou Rui Bento.

O antigo lateral esquerdo Paulo Torres, melhor marcador da equipa das “quinas” e “Bola de Bronze” do torneio, recorda, além do “ambiente familiar”, as filas para comprar bilhetes para os jogos e o facto de a seleção lusa só ter perdido a “penáltis” na Europa, formando, por isso, “uma equipa que transpirava confiança e que só tinha de dar certo”.

“A organização, o ambiente e a paixão não se esquecem, mas individualmente, além do golo da vitória com a Coreia (do Sul), do cruzamento para o empate e do golo da vitória contra o México e do jogo com a Argentina, o momento em que fui receber a Bola de Bronze, já depois da final, foi indescritível, mas é difícil escolher porque as boas recordações foram muitas”, recordou à Lusa Paulo Torres, reconhecendo que “a vitória de Riade (em 1989) acabou com o medo e mostrou que era possível”.

Evitando comparar as duas seleções campeãs do Mundo, Rui Bento recordou que chegaram a defrontar-se, em embates em que a seleção de 1991 superava a de 1989.

“Eram jogos equilibrados, mas normalmente ganhávamos”, disse o atual treinador da equipa de sub-23 do Al-Ahli Jeddah, salientando que “havia valores individuais nas duas equipas, mas houve diferenças nas oportunidades, na sorte e na gestão das carreiras”.

Paulo Torres e Rui Bento não hesitam em identificar Carlos Queirós e Nelo Vingada como “os obreiros do pilar da formação do futebol português”, mas o antigo defesa esquerdo admitiu que “a estrelinha” esteve do lado português na final com o Brasil, que “marcou nos primeiros cinco minutos um golo limpinho que foi invalidado”.

Já como treinador, Rui Bento assumiu o comando da seleção portuguesa de sub-17, com a geração que agora vai disputar o Mundial de 2013, na Turquia, levando a equipa à fase final de um Europeu “sete anos depois da última participação”, concluindo que Portugal se atrasou relativamente às outras nações.

“Eu acho que nos atrasámos na formação, porque o quadro competitivo não põe os nossos jogadores ao nível dos outros. Por exemplo, no Europeu de sub-17 de 2010, em conversa com outros selecionadores, eles diziam-me que eles jogavam com seniores e nem acreditavam que os portugueses nem nos sub-19 jogavam”, recordou.

Rui Bento considera que, por isso, os jogadores portugueses, “com dois anos de atraso, ao conseguirem o que conseguem só mostram que há qualidade e talento”.

“Há que ter a noção de que não há milagres. Mas acho que tudo é possível. Uma grande maioria dos jogadores já disputou campeonatos profissionais. Por isso, acho que estão mais do que preparados para disputar um Mundial e acredito que poderemos ter uma agradável surpresa”, referiu Rui Bento, salientando que a geração de 2013 não se pode inibir por partir como vice-campeã, até porque “tem mais potencial”.

Portugal vai participar pela nona vez numa fase final de um Campeonato do Mundo de sub-20, entre 21 de junho e 13 de julho, na Turquia.

Confira aqui tudo sobre a competição.

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