O antigo técnico do clube brasileiro acusa o guarda-redes do São Paulo de ter ajudado a que fosse despedido do cargo de técnico principal há cerca de um mês atrás. Ney Franco diz que Rogério Ceni se queria impor na vida do clube e que minava tudo o que fosse contra a sua vontade, inclusive novas contratações.
«Não tive nele o capitão que precisava. Havia a preocupação de quebrar recordes individuais. Até nas contratações: se chegasse um nome que era do interesse dele, não havia problema; se não fosse, reclamava nos corredores. E isso chegava aos contratados, como Ganso ou Lúcio. E eu, como técnico, ficava no meio disso», garantiu Ney Franco em entrevista ao jornal brasileiro O Globo.
O antigo treinador do São Paulo vai ainda mais longe e dá o exemplo concreto de Ganso: «Ganso chegou num ambiente… Percebeu claramente as coisas, Chegou ao ouvido dele. Havia um burburinho por trás e pode atrapalhar. Nos corredores, era o que se escutava: que quando Ganso jogava, a equipa tinha um jogador a menos».
«Se estivesse tudo bem para o Rogério, o reforço ia dar-se bem. Se não, se chega um jogador que ele não concorda, a tendência é para ser minado. E nos últimos dois meses de trabalho eu sabia que havia interesse de parte do grupo na minha saída. Depois, o Rogério disse que o meu legado no clube foi zero. (…) Quando cheguei, o Jádson e o Osvaldo cresceram. O Lucas teve um boom e foi transferido. Além de ter mos ganho Taça Sul-Americana no fim de 2012», apontou Ney Franco.