O regresso de três históricos - Desportivo de Chaves, Farense e Académico de Viseu – marca a época 2013/2014 na II Liga portuguesa de futebol, a última em que a prova se disputa no atual modelo competitivo.
O alargamento de 22 para 24 clubes em 2014/2015 implica que apenas o último classificado do campeonato que se vai iniciar no sábado seja despromovido, esvaziando parte do interesse da luta pela manutenção, ao contrário da batalha pelos dois primeiros lugares e a consequente subida à I Liga, que promete ser árdua.
A próxima edição da II Liga será a derradeira em que a prova vai ser disputada num campeonato único, pois a partir de 2014 a segunda competição profissional vai ser dividida em duas séries (Série Norte, integrando os Açores, e Série Sul, com os representantes da Madeira), com 12 clubes cada, defrontando-se em duas voltas.
Os primeiros seis classificados apuram-se para a disputa de uma série de subida ao primeiro escalão, com o vencedor a sagrar-se campeão da II Liga, enquanto os clubes entre o sétimo e o 12.º postos jogam pela manutenção, sendo despromovidos os três últimos, também a duas voltas.
Para cumprir este alargamento, na época que agora vai começar, apenas o último classificado da II Liga desce ao campeonato nacional de seniores, tal como acontece na I Liga, caso o Boavista cumpra os pressupostos necessários para ser reintegrado, uma vez que o campeonato principal também será alargado, de 16 para 18 clubes.
O Beira-Mar e o Moreirense, as duas equipas despromovidas da I liga na temporada passada, talvez reúnam mais condições para reclamar o regresso aos “grandes” do futebol português, mas o favoritismo raramente é um dado adquirido numa prova em que a competitividade é a palavra de ordem.
A forma como o Belenenses se sagrou campeão na última época, quando ainda faltavam disputar muitas jornadas, foi a exceção numa regra de grande equilíbrio que tem marcado a prova - o Arouca, segundo classificado e a outra equipa promovida à I Liga, só assegurou a promoção na penúltima ronda.
Do terceiro escalão vieram três clubes com história no futebol português: Desportivo de Chaves, Farense e Académico de Viseu estão longe dos tempos áureos em que disputaram o campeonato principal – algarvios e flavienses inclusive com uma final da Taça de Portugal no currículo - e devem resignar-se à luta pela manutenção.
A prova continuará a contar com o aliciante da presença das equipas B (apenas caiu a do Vitória de Guimarães) de vários primodivisionários, entre os quais os três “grandes”, que no entanto estão impossibilitadas de subir à I Liga, mesmo que terminem em lugares de promoção.