O Benfica emitiu ontem um comunicado no seu site oficial onde não poupou críticas ao Jornal de Notícias, à Sport TV e ao FC Porto, isto depois dos desacatos entre Jorge Jesus e alguns policias, no Estádio Dom Afonso Henriques, em Guimarães. O jornal sediado na cidade do Porto respondeu ao Benfica em forma de uma nota da direção.
Confira a nota da direção do Jornal de Notícias na íntegra, intitulada «O problema do Benfica é o seu sistema»:
«1. O Sport Lisboa e Benfica emitiu um comunicado em que refere o Jornal de Notícias como um dos órgãos de Comunicação Social que, citamos, «continuam a dar apoio ao sistema».
Os factos provam que o magno problema do SLB - pouquíssimos títulos conquistados nos últimos anos para tamanha legião de adeptos - resultam do sistema sim, mas do seu próprio: de gestão desportiva. Quanto ao JN, limita-se a relatar factos e a dar-lhes o relevo e enquadramento que a sua Direção editorial decide.
2. Não foi o JN quem patrocinou a cena em que o treinador do SLB se envolveu à pancada com a Polícia no final do jogo de domingo último. Nem esta, nem anteriores como, por exemplo, a que protagonizou com o seu próprio atleta Cardozo, também em pleno relvado, após a final da Taça de Portugal da época passada.
3. Não foi o JN quem patrocinou a cena em que o capitão da equipa insultou os adeptos do seu clube no final do jogo da Luz com o Gil Vicente.
4. Não foi o JN quem patrocinou as cenas pós-jogo, como, por exemplo, a rega e o apagão com que o Benfica brindou, na Luz, uma das festas de um dos campeonatos ganhos pelo FC Porto.
5. Não foi o JN quem patrocinou as cenas de falta de «fair play» dos jogadores do Benfica no final da Taça de Portugal, ganha pelo Vitória de Guimarães.
P.S.: «Dragão travado com penalti fora da área e golo fora de jogo. Nervoso, Jorge Jesus envolve-se em rixa com a Polícia no final do jogo». Para quem não se recorda - e para memória futura - aqui ficam os títulos do JN de segunda-feira que mexeram com os nervos da estrutura pensante do Benfica, que debalde tentou atirar argumentos contra factos».