O Desportivo das Aves, da II Liga de futebol, qualificou-se hoje para os quartos de final da Taça de Portugal, ao vencer no reduto do primodivisionário Paços de Ferreira por 2-1, num jogo decidido por Jaime Poulsen.
O avançado que o Paços de Ferreira cedeu ao Aves fez os dois golos da sua equipa, aos 72 e 83 minutos, que permitiram a reviravolta no marcador, depois de Bebé, aos 43, ter colocado os locais em vantagem.
A vitória do Aves premeia o querer da equipa e a determinação do seu treinador, que não teve medo de arriscar quando, aos 70 minutos, trocou um médio por um avançado, e penaliza um Paços que julgou ter a eliminatória ganha, mas não soube resolver o problema e, depois, não teve arte para reagir aos dois "murros no estômago" de Poulsen.
A formação pacense teve mais posse de bola durante a primeira parte, mas faltou-lhe ideias para vencer a oposição de um Desportivo das Aves que não se remeteu à defesa e que até justificava melhor resultado ao intervalo.
A equipa da II Liga dispôs de dois lances de golo, mas Degra levou a melhor no "duelo" com Pedro Pereira e Fábio Martins, aos 20 e 39 minutos, enquanto os locais só por uma vez estiveram perto do golo, aos 26, num corte defeituoso de Filipe Sousa, valendo a atenção do experiente Quim.
O guarda-redes do Aves só não conseguiu travar o remate de Bebé, aos 43 minutos, após um centro de Manuel José da direita, num golo que o Paços tinha feito pouco por conseguir.
Este tento deu alento à formação pacense, que acentuou o domínio no segundo tempo, construiu lances para resolver a eliminatória, com destaque para um remate em posição frontal de Sérgio Oliveira, aos 47 minutos, e um cabeceamento ao “ferro” do reforço Buval, aos 64, mas faltou-lhe eficácia e, mais tarde, serenidade para responder à igualdade.
O primeiro golo de Poulsen, aos 72 minutos, após assistência de Pedro Pereira, abalou profundamente a equipa pacense, que nunca mais se encontrou, o que deu ainda mais força ao Aves, que acabou por dar a volta ao resultado pelo mesmo jogador, a sete minutos do fim, na recarga a um remate de Andrew ao poste.
Foi o corolário de uma atitude positiva da equipa, já com o avançado Andrew em campo no lugar do médio Tito e com o recuo para o meio-campo de Vasco Rocha, face a um Paços que voltou a falhar na finalização e repetiu erros de marcação.
Até ao final, o Paços tentou, mas nunca conseguiu incomodar a baliza de Quim e o final do jogo precipitou os protestos dos adeptos pacenses contra os jogadores, num coro de assobios e insultos à saída do relvado.
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