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Comentário: Varela mantém Portugal à espera de milagre

Um golo de Silvestre Varela, no último lance da partida, manteve domingo Portugal matematicamente no Mundial2014 de futebol, garantindo o empate com os Estados Unidos (2-2), na segunda jornada do Grupo G.

Comentário: Varela mantém Portugal à espera de milagre

Com um lado esquerdo a não conseguir parar os ataques contrários, com um meio-campo sem ideias e sem pulmão, com mais duas lesões musculares e sem Cristiano Ronaldo, exceção ao cruzamento para o segundo golo, a fazer a diferença, apenas um milagre manteve Portugal em prova, com o golo de Varela, aos cinco minutos dos descontos, depois de se ter colocado em vantagem aos cinco minutos, por Nani.

Contudo, na segunda parte, os Estados Unidos conseguiram dar a volta ao marcador, com golos de Jermaine Jones, aos 64 minutos, e Clint Dempsey, aos 81, em dois lances em que a defesa lusa deu demasiadas facilidades.

Para se qualificar, Portugal precisa de vencer na quinta-feira o Gana e esperar que não haja um empate entre Alemanha e os Estados Unidos, sendo depois decisiva a diferença de golos, que neste momento é muito desfavorável a Portugal, após a goleada sofrida na estreia, frente aos germânicos, por 4-0. É preciso recuperar cinco golos para os norte-americanos.

O selecionador português, Paulo Bento, foi fiel ao seu "onze" e fez apenas quatro alterações, as mesmas a que foi obrigado, com as entradas de Beto, Ricardo Costa, André Almeida e Hélder Postiga para os lugares de Rui Patrício, Pepe (castigado), Fábio Coentrão e Hugo Almeida, respetivamente.

Perante uns Estados Unidos retraídos, apenas com um homem na frente, o “capitão” Clint Dempsey, e um meio-campo reforçado, Portugal entrou bem no encontro, a trocar a bola e acabou por inaugurar o marcador logo aos cinco minutos, por Nani, que aproveitou um mau corte de um defesa contrária e, com tranquilidade, bateu Tim Howard.

Numa altura em que o jogo parecia controlado pela equipa das “quinas", o primeiro lance de ataque dos norte-americanos acabou por mudar um pouco o rumo da partida, apesar do remate de Fabian Johnson não ter levado grande perigo.

Com o lado esquerdo de Portugal a dar muito espaço - Ronaldo não defendia e não havia ajuda a André Almeida -, os Estados Unidos tornaram-se mais perigosos, com Dempsey a dispor de três boas ocasiões, atirando para fora em duas delas (13 e 32) e vendo Beto parar o remate aos 17.

Já sem Postiga, que se juntou ao lote de lesionados aos 16 minutos - André Almeida também sairia ao intervalo, com aparentes dificuldades físicas -, Portugal apenas acordou nos últimos minutos da primeira parte, mas viu Tim Howard brilhar, a primeira vez aos 42 minutos, após um remate de Nani.

O grande momento do experiente guarda-redes aconteceu em cima do intervalo, com uma extraordinária defesa a uma recarga de Éder, recuperando de um erro, em que permitiu que um remate de Nani fosse ao poste.

Na segunda parte, os norte-americanos, aparentemente melhor fisicamente, continuaram a apostar no lado direito do ataque - apenas a entrada de Varela conseguiu diminuir o caudal ofensivo daquele lado -, com o lateral Johnson em grande destaque.

Aos 49 minutos, o lateral direito cruzou, a bola desviou em Veloso, derivado para o flanco após a saída de André Almeida, mas Beto evitou o golo, e, aos 56, foi Ricardo Costa quem em cima da linha evitou milagrosamente o golo de Michael Bradley, após nova arrancada de Johnson.

O golo ia-se adivinhando e surgiu aos 64 minutos, do pé direito de Jermaine Jones, que, sem oposição de Nani, rematou forte e colocado, sem hipótese para Beto.

O triunfo norte-americano, como não podia deixar de ser, saiu de mais um lance de Johnson pela direita, sem oposição de Veloso, que não o conseguiu acompanhar, com a bola a sobrar para Graham Zusi, que colocou em Dempsey, que, com a barriga, deu vantagem aos Estados Unidos.

À exceção de um remate de Meireles, aos 66 minutos e defendido por Howard, a seleção portuguesa nada conseguiu fazer na segunda parte, até que, “caído do céu”, um cruzamento de Ronaldo foi direito à cabeça de Varela, que empatou... na última jogada.

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