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O treinador português Fernando Santos conseguiu hoje o inédito feito de apurar a Grécia para os oitavos de final do Mundial de futebol, qualificação conseguida com uma dramática grande penalidade convertida no minuto 90+3.
Samaras bateu com êxito o castigo máximo em Fortaleza, fazendo o 2-1 que deixava pelo caminho a desalentada seleção da Costa do Marfim e levando pela primeira vez os gregos aos "oitavos" da maior competição de futebol.
O dia fica ainda marcado pelo pouco esperado fim de caminho para mais um antigo campeão do Mundo, a Itália, batida pelo Uruguai, enquanto Colômbia e Costa Rica justificaram, com maior ou menor dificuldade, o estatuto de primeiros dos grupos C e D, respetivamente.
O treinador da Grécia é assim o primeiro português no Mundial2014 a chegar aos "oitavos", podendo ainda ser seguido pelo seu homólogo do Irão, Carlos Queiroz - isto partindo do princípio de que a qualificação da seleção lusa só acontecerá mesmo por "milagre".
No grupo C, três seleções competiam pela qualificação, para se juntar à Colômbia, e a Grécia acabou por ser a mais assertiva, ganhando à Costa do Marfim, por dramáticos 2-1, ao mesmo tempo que Colômbia batia o frágil Japão por 4-1.
Com esta conjugação de resultados a Colômbia fica em primeiro lugar e a Grécia em segundo, mau grado os helénicos encerrarem com diferença negativa de golos (2-4).
A Grécia continua com uma campanha relativamente cinzenta, que já vem da qualificação (segunda no grupo atrás da Bósnia-Herzegovina) e do difícil “play-off” com a Roménia.
Um empate com o Japão, derrota com a Colômbia e esta vitória tangencial não auguram longo caminho e até podem ficar já afastados pela Costa Rica, nos oitavos de final - mas para a história fica, de qualquer forma, a melhor campanha helénica de sempre.
Em Fortaleza, Samaris, que começara no banco, fez o primeiro golo, aos 42 minutos. Depois, Bony chegou ao empate, aos 74, operando a reviravolta no grupo. Mas houve jogo até ao fim, a Grécia não parou de acreditar e chegou ao golo nos descontos, com o experiente Samaras, que sofreu a falta, a converter a grande penalidade do contentamento grego.
Algumas dores de cabeça para Fernando Santos, como sejam as lesões precoces de Kone e Kamezis, a reduzir o naipe de opções para os "oitavos".
Com os portistas Quintero e Jackson Martinez na equipa, a Colômbia bateu o adversário nipónico por 4-1, em jogo arbitrado pelo português Pedro Proença (segunda intervenção no Mundial, depois do Camarões-Croácia).
Chamado ao “onze” inicial, o que ainda não tinha acontecido, Jackson Martinez fez o 2-1 aos 55 minutos, e o 3-1, aos 82 - dois grandes golos, ambos com assistência de excelência de James Rodriguez.
A coroar uma exibição estrondosa na segunda parte (entrou ao intervalo para o lugar de Quintero), James fez o 4-1 aos 89 minutos. Na primeira parte, Cuadrado adiantara a Colômbia, de grande penalidade aos 17 minutos, e Okazaki empatara, aos 45+1.
Nota ainda para a honra dada a Faryd Mondragon, o guarda-redes suplente da Colômbia. Entrou para os últimos cinco minutos, tornando-se o mais velho jogador de sempre em fases finais do Mundial, com 43 anos e três dias.
No grupo D, autêntico "mata-mata" pelo lugar de adversário da Colômbia entre a Itália e o Uruguai, com os sul-americanos a ganhar por 1-0, golo de Godin aos 81 minutos.
O jogo fica marcado por (mais) uma acusação de agressão por dentada de Luis Suarez, desta vez a morder o ombro de Chiellini, e pelo desalento do técnico Cesare Prandelli, que apresentou a demissão de selecionador da "squadra azzurra".
Depois da Inglaterra e Espanha, a Itália é o terceiro antigo campeão do Mundo fica pelo caminho. Em prova continuam Brasil e Argentina, enquanto Alemanha e França estão muito bem encaminhadas.
A Inglaterra termina de forma digna, com um "nulo" face à seleção revelação da prova e a promessa de que se vai renovar, a pensar no próximo Europeu, mantendo Hodgson como treinador.
Para Lampard e Gerrard, terá sido a despedida da seleção dos três leões, em que hoje brilhou o "sangue novo" de Barkley, Shaw e sobretudo Sturridge.
A Costa Rica, já garantida nos "quartos", fez o serviço mínimo para assegurar o empate e o primeiro lugar do grupo. A espaços voltou a mostrar excelentes apontamentos, como nos jogos em que ganhou ao Uruguai e à Itália.
