O campeão Benfica, após uma época em altíssimo plano, enfrenta o seu primeiro dérbi da temporada, no domingo com o Sporting, muito transformado e ainda sem que se perceba o que vale a atual equipa de futebol.
O êxito da época anterior, com a conquista de campeonato, Taça e Taça da Liga, pertence ao passado e mesmo a vitória, em nova época, da Supertaça (nas grandes penalidades, com o Rio Ave), não afasta o fantasma de uma pré-época muito sofrível.
Consequências de uma revolução no plantel “encarnado”, que viu partirem jogadores nucleares no sucesso alcançado: o guarda-redes Oblak e o defesa esquerdo Siqueira (Atlético Madrid), o central Garay (Zenit), o extremo Markovic (Liverpool) ou o avançado Rodrigo (Valência).
A estes nomes juntam-se ainda o paraguaio Oscar Cardozo (Trabzonspor), durante muito tempo referência no ataque e melhor marcador estrangeiro da histórica do clube, ou o médio André Gomes (Valência).
Em pouco meses – a duração de uma pré-época –, as “águias” deram a ideia de ter perdido identidade, mesmo quando os arranques se fazem de forma intermitente e sem que troféus importantes estejam em discussão.
O clube procurou colmatar algumas saídas, em especial no setor da baliza (Artur teve uma péssima pré-época, mas foi fundamental na Supertaça e a abrir a I Liga), com a recente chegada do brasileiro Júlio César, e no meio-campo, com o grego Samaris e o brasileiro Talisca.
Apesar das vitórias na Supertaça e no arranque da I Liga (2-0 ao Paços de Ferreira 1-0 no reduto do Boavista), o que o Benfica não conseguia desde 2004, as exibições estão longe de ser convincentes.
O reforço Eliseu veio ocupar o lado esquerdo da defesa, Luisão passou a fazer dupla com Jardel e Maxi Pereira continua a mandar no lado direito.
No meio, e quando é uma incógnita a continuidade de Enzo Pérez, e Fejsa e Ruben Amorim enfrentam longas paragens, Jorge Jesus conta com Talisca e passou a ter o grego Samaris (ainda não se estreou], num setor em que os extremos Salvio e Gaitán são as asas desta “águia”.
Os dois argentinos resistiram até ao momento às saídas e são indiscutíveis mais-valias no plantel, num bloco ofensivo em que Lima ficou órfão de Rodrigo e tem-se ressentido disso mesmo, ficando a ideia de que para já a equipa ainda está muito aquém daquela que tão dominante foi e tudo conquistou em 2013/14.
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