A Costa do Marfim volta a ser apontada como a mais forte candidata a conquistar a Taça das Nações Africanas (CAN) de futebol, competição que arranca no sábado na Guiné Equatorial.
A competição esteve para ser organizada por Marrocos, mas este país viu ser-lhe retirada a organização da mesma por ter pedido o adiamento da prova devido à epidemia de Ébola, tendo a CAN passado então para a responsabilidade da Guiné Equatorial.
Para a competição, que arranca no sábabo em Bata, com um confronto entre o país anfitrião e o Congo, a Costa do Marfim surge como a `eterna favorita´.
Os `elefantes´, orientados este ano pelo francês Hervé Renard, que conduziu a Zâmbia a uma surpreendente vitória em 2012 , são, à falta de Didier Drogba, liderados em campo por Yaya Touré e tentarão mais uma vez chegar ao título, 23 anos depois da única vez em que o conquistaram.
Para contrariar o favoritismo marfinense surge este ano a Argélia, formação que venceu claramente o seu grupo com 15 pontos e vem moralizada com a prestação no recente mundial do Brasil, prova na qual `caiu´ nos oitavos de final frente à Alemanha - 2-1 após prolongamento -, seleção que se viria a sagrar campeã.
Os argelinos contam nas suas fileiras com dois jogadores que se têm evidenciado em Portugal, o médio Brahimi e o avançadao Slimani, elementos que têm sido fulcrais nos conjuntos que representam, o FC Porto e o Sporting, respetivamente.
Numa prova `orfã´ de duas seleções habitualmente candidatas, a campeã em título Nigéria e o recordista de vitórias (quatro) o Egito, África do Sul, Camarões e Tunísia surgem numa segunda linha, apresentando como credenciais o facto de terem terminado as respetivas fases de qualificação sem terem perdido qualquer jogo.
A procurar a surpresa surgem finalmente Gana e Senegal, duas seleções muitas vezes inconstantes nas competições em que participam, mas cuja experiência pode render frutos na Guiné.
Sem aspirações a triunfo final surgem as duas seleções orientadas por treinadores lusos, Cabo Verde, orientada por Rui Águas, e Gabão, cujo selecionador é Jorge Costa.
Na segunda participação de Cabo Verde nesta prova continental, Rui Águas assume que o objetivo é claramente atingir os quartos de final, fase da prova a que esta seleção chegou em 2013, na sua estreia na competição.
Já Jorge Costa não aponta objetivos, referindo apenas que a equipa tentará fazer o melhor e ir o mais longe possível, mas alerta para a juventude do seu conjunto.