Comentário: 'Hat-trick' de Zé Luís coloca Braga com um pé no Jamor

Numa partida em que o Braga jogou com mais uma unidade durante toda a segunda parte, por expulsão do central do Rio Ave André Vilas Boas já depois do final da primeira parte, os adeptos da casa relembraram numa grande tarja os anos de 1998 (última presença numa final, derrota com o FC Porto), e a única conquista dos minhotos na competição, em 1966 (1-0 sobre o Vitória de Setúbal), e com este resultado dificilmente não voltarão ao Estádio do Jamor.

O Sporting de Braga fez uma grande exibição, principalmente na primeira parte, em que ‘sufocou' um Rio Ave demasiado passivo, cujo remate mais perigoso só surgiu aos 78 minutos, tendo a atenuante de, no segundo tempo, ter jogado com menos um elemento, e venceu pela quarta vez, em outros tantos jogos, o Rio Ave esta época.

André Vilas Boas, que tinha visto o primeiro cartão amarelo aos 45 minutos, correu para Ruben Micael para tirar satisfações de um lance anterior e viu o segundo cartão amarelo e respetivo vermelho.

O Braga entrou muito forte e, aos 35 segundos, um remate de Ruben Micael já dentro da área, mas à figura de Ederson, prenunciou o golo que surgiu aos 16 minutos: Del Valle falhou um corte e ‘isolou' Baiano, o defesa direito centrou atrasado para Pardo cujo remate encontrou Zé Luís com a baliza aberta e o ponta-de-lança cabo-verdiano só teve que encostar.

O Rio Ave tentou uma ténue reação, mas foi o Braga a dilatar o marcador: Rafa a centrar de trivela da esquerda, grande assistência de Rúben Micael e Zé Luís, com muita calma, a fazer o segundo (27).

Atónito com a intensidade que o Braga meteu no jogo, o Rio Ave obrigou Pedro Martins a mexer na equipa bem cedo, metendo Marvin para o lugar de Abalo, o que implicou a ida de Wakaso para defesa direito e a do recém-entrado para a frente de ataque.

O Rio Ave terminou a primeira parte sem criar um único lance de perigo, tendo ficado o Braga, sob a ‘batuta' de Ruben Micael, mais perto do terceiro do que os visitantes de reduzir e tudo ficou ainda mais difícil para o Rio Ave com a expulsão de André Vilas Boas.

Se queria encetar uma reação, a jogar com menos uma unidade durante toda a segunda parte, restou à equipa de Vila do Conde tentar segurar o resultado, mas aos 51 minutos Zé Luís cumpriu o ‘hat-trick', fulgurante, de cabeça, após centro de Pardo, o quinto golo em cinco dias (após o ?bis' na sexta-feira, em Barcelos, diante do Gil Vicente na última jornada).

Até ao final, Pedro Santos e Rafa ainda desperdiçaram boas ocasiões para ampliar o resultado.