Mundial sub-20: Hélio Sousa quer equipa competitiva como no Europeu

“[O objetivo] É ser como fomos no passado recente, ser competitivos. Como fomos no Europeu em que conseguimos estar na final, como fomos nestes três jogos de preparação antes do estágio para o Mundial. Continuar a ser fortes como equipa, acrescentar ainda mais capacidade e qualidade à nossa identidade de jogo, em relação ao que trouxemos do Europeu”, afirmou.

Em entrevista à agência Lusa, Hélio Sousa disse que quer a equipa sempre “nas ótimas condições para vencer o próximo jogo” e “estar no máximo” das capacidades para vencer o jogo com o Senegal, de estreia no Mundial da Nova Zelândia.

O facto de a seleção lusa se apresentar como vice-campeã europeia traz, segundo o treinador, à equipa a responsabilidade de mostrar e acrescentar “ainda mais qualidade” ao que mostrou no Europeu.

“[Mostrar] Uma vontade enorme de vencer, de estar na fase seguinte da competição. É essa a responsabilidade que temos de assumir novamente. Faz parte do que somos. Essa atitude vencedora, de conseguir conquistar, de quando as adversidades aparecem nos nossos jogos continuar a vencê-las. Apesar de não conseguirmos vencer a final, mostrámos nesse jogo o quanto queríamos, o quanto lutámos para sairmos vitoriosos”, disse.

Na lista para o Mundial, Portugal mantém 14 jogadores que estiveram no Europeu, “uma base que tem uma identidade grande e que também é facilitadora desta integração de jogadores que vão evoluindo nos clubes e que vão fazendo o seu trajeto e passam a ser opção também”.

Reconhecendo que não vive de sonhos - “acontecem quando estamos a dormir e na maior parte das vezes nem nos apercebemos de metade” -, Hélio Sousa prefere “ser realista”, embora diga que todos na Federação Portuguesa de Futebol desejam “conquistar uma competição importantíssima, como um campeonato da Europa ou do Mundo”.

A utilização de grande parte dos jogadores, quase todos no seu primeiro ano de seniores, em equipas das competições profissionais é, para o técnico, “uma mais-valia na evolução” dos jovens futebolistas, “o que também vai tornar a equipa mais forte”, embora Hélio Sousa reconheça que algumas seleções já levam vantagem ao nível da experiência a um nível mais elevado.

“[Essa utilização] É um meio importantíssimo, que foi mais aberto ainda com a vinda das equipas B, que permitiu que esses jogadores tivessem um espaço mais propício para competirem mais regularmente. Isso dá-lhes maiores vivências num futebol completamente diferente, a competirem com jogadores muito mais maduros. São experiências importantíssimas para os tornar melhores jogadores e para que nós, como equipa, venhamos a beneficiar dessas valências que eles adquiriram”, admitiu.