O jordano Ali bin al-Hussein vai voltar a candidatar-se à presidência da FIFA, depois de Joseph Blatter ter anunciado hoje a demissão, disse à agência AFP um dos seus colaboradores.
“Em caso de novas eleições, o príncipe Ali está pronto a assumir a presidência da FIFA no imediato”, disse à AFP Salah Sabra, vice-presidente da Federação de Futebol da Jordânia, liderada por Ali bin al-Hussein.
Para Salah Sabra, o príncipe jordano está a estudar “o contexto jurídico” do processo eleitoral da FIFA, organismo que “perdeu toda a sua legitimidade”.
“O príncipe Ali está pronto a assumir a presidência da FIFA a todo o momento, se lhe pedirem”, reforçou Salah Sabra.
Joseph Blatter demitiu-se hoje da presidência da FIFA, na sequência do escândalo de corrupção que abala o organismo máximo do futebol, e anunciou a marcação de um congresso extraordinário para eleição de um sucessor.
Blatter anunciou a sua saída quatro dias após a sua reeleição para um quinto mandado na presidência da FIFA, num ato em que derrotou Ali bin al-Hussein e que aconteceu já depois da detenção sete dirigentes do organismo, na quarta-feira.
Luís Figo, antigo futebolista português, e Michael van Praag, presidente da Federação Holandesa de Futebol, também avançaram com candidaturas, mas retiraram-nas uns dias antes do congresso.
Blatter, de 79 anos, ocupava o cargo desde 1998 e já disse que não se recandidata.
Dois dias antes de Blatter ser reeleito, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos indiciou nove dirigentes ou ex-dirigentes e cinco parceiros da FIFA, acusando-os de associação criminosa e corrupção nos últimos 24 anos, num caso em que estarão em causa subornos no valor de 151 milhões de dólares (quase 140 milhões de euros).
A acusação foi conhecida horas depois de o Ministério da Justiça e a polícia da Suíça terem detido sete membros da FIFA, num hotel de Zurique.