Mundial sub-20: Colômbia - Portugal (declarações dos dois treinadores)

Hélio Sousa (treinador de Portugal): “Sabíamos que íamos passar por mais problemas do que nos jogos anteriores, porque defrontávamos uma equipa com grande qualidade técnica e com uma organização também muito boa. Aquilo que temos dito, que temos de ser fortes em todos os momentos do jogo, hoje foi ainda mais verdade. Sabíamos que a posse de bola ia ser dividida ou até haveria mais posse para o adversário, mas isso não nos preocupa, porque, quando temos a bola, sabemos o que queremos fazer com ela - aproveitar os erros e colocar o jogo a nosso favor.

Foi importante termos dado competição aos jogadores que entraram. Alguns não competiam há 15 dias. Serão todos necessários e, quanto mais habilitados estiverem mais fortes vamos estar.

A sequência pode dar-nos o Brasil nos quartos de final, mas, o cenário mais próximo é a possibilidade de defrontarmos a Nova Zelândia ou uma das equipas do grupo F. Teremos de esperar até ao fim dos grupos todos para direcionarmos o nosso foco para uma equipa específica.

Tivemos de vir para cá, Dunedin, como outros tiveram de ir para Hamilton, e isso mexe com a rotina das equipas, embora esteja tudo normalizado. Amanhã [domingo], quando voltarmos, com duas escalas, estaremos já focados no próximo jogo.

Defrontar a Nova Zelândia teria essa perspetiva de um estádio cheio, num ambiente único, em que todos os jogadores querem estar. Estes são os jogos em que todos os jogadores querem estar presentes, com 90 minutos para discutir e vamos estar preparados para os disputarmos.

Não temos ainda informações suficientes sobre a condição do Estrela, mas, no momento, ficou com dor e, devido à zona atingida, a parte superior do tronco, não houve possibilidade de voltar ao campo. Com o tempo de jogo que faltava, não valia a pena correr o risco de voltar ao campo, porque, nestas situações, o jogador está sempre em primeiro lugar.

O amarelo para o Francisco Ramos decorre de uma decisão menos boa num momento do jogo. Era uma situação para a qual todos estavam avisados, mas, para o jogo positivo que nós fazemos, com ‘fair play’, sem perdas de tempo, acho que há um bocadinho de excesso de zelo em relação aos nossos jogadores. Já não falo na intensidade, mas na quantidade de faltas dos adversários, por exemplo".

Carlos Restrepo (treinador da Colômbia): “Penso que é uma pena que fosse um erro que nos pôs atrás no marcador cedo demais. Foi um duro golpe emocional, tendo em conta as grandes esperanças que tínhamos para esse encontro.

Na segunda parte decidimos correr mais riscos, trocámos um jogador defensivo por um ofensivo, mas outro erro deu outro golo [a Portugal]. Depois foi muito difícil colocar a nossa cabeça de novo no encontro”.