O Sporting teve hoje uma grande 'estrelinha' de campeão para vencer o Belenenses por 1-0, em jogo da 11.ª jornada da Liga de futebol, no qual nunca teve soluções para contrariar o esquema defensivo contrário.
Valeu ao Sporting uma 'mão na bola' de Tonel, aparentemente escusada, numa disputa com Slimani na área, em período de compensação, para chegar a um triunfo para o qual não jogou o suficiente para alcançar, tendo William Carvalho, na conversão do grande penalidade, anotado o único tento da partida, aos 90+3.
Os 'leões' pecaram sempre desde o primeiro minuto por falta de intensidade no seu jogo, registo que não foram capazes de alterar na segunda parte, mesmo depois de Jorge Jesus ter recorrido a Gelson e a Matheus na tentativa de dar um safanão no jogo, que não chegou verdadeiramente a acontecer.
O Belenenses 'montou a tenda' à entrada da sua grande área e não a desarmou até ao último minuto, com 10 jogadores a defender atrás da linha da bola, bem organizados e concentrados nas marcações, mas incapazes de criar qualquer perigo nas saídas para o contra-ataque ao longo de todo o jogo.
Basta dizer que o Belenenses teve um remate à baliza durante todo o jogo, por Sturgeon, na primeira parte, e completamente inofensivo.
Não foi difícil perceber desde muito cedo que o Sporting iria ter problemas para ganhar o jogo, tal a falta de intensidade que a equipa denotou, que se traduziu por uma ausência de agressividade ofensiva e de velocidade nas trocas de bola, tornando as suas movimentações atacantes previsíveis e mais fáceis de neutralizar.
O único lance de golo iminente que o Sporting criou na primeira parte não resultou de um lance coletivo, mas de uma iniciativa individual, uma grande jogada de Bryan Ruiz, que ultrapassou três adversários e obrigou o guarda-redes Ventura à melhor defesa do jogo, desviando a bola para canto.
Pensou-se que o Sporting iria imprimir outra dinâmica na segunda parte, mas a verdade é que continuou a mastigar o jogo, sem ser capaz de o acelerar ou de efetuar movimentos de rutura, perante um Belenenses que não mexeu no 'autocarro', visto que o nulo lhe era favorável.
Faltava ao Sporting agressividade ofensiva e profundidade ao seu jogo, nomeadamente pelos flancos, onde Jonathan e João Pereira não a davam (Jefferson fez falta), agravada por dois jogadores muito técnicos, Bryan Ruiz e Montero, que só jogavam com bola no pé e com baixo índice de combatividade.
Jorge Jesus lançou Gelson, aos 57 minutos, sacrificando Adrien, a falhar muitos passes, quiçá a acusar algum desgaste, na tentativa de agitar um pouco o ataque do Sporting, e, aos 66, fez o mesmo com Matheus Pereira, saindo Montero.
No entanto, esta aposta de Jesus, apesar de Gelson ter tido alguns fogachos que criaram dificuldades à defesa 'azul', não resultou na prática, porque os dois jovens não estavam inspirados e porque o Belenenses continuou concentrado, a defender com espírito de entreajuda, sentido de colocação e coesão.
Os minutos iam correndo e a sensação que pairou até ao minuto 90 foi a de que o Sporting não tinha soluções para ultrapassar a organização defensiva do Belenenses, a não ser num rasgo ou momento de inspiração individual, e que o nulo seria inevitável e se ajustava ao desenrolar da partida.
O 0-0 foi desfeito ao minuto 90+3, numa mão, essa sim, evitável de Tonel num lance de disputa com Slimani na área, a provocar um penálti, cobrado por Willliam Carvalho, que deu o triunfo ao Sporting quando já ninguém nele acreditava.
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