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Sporting-FC Porto: Costinha recorda dificuldade em defrontar Bobby Robson

Por oito vezes Paulo Costinha foi titular em ‘clássicos’ entre o Sporting e o FC Porto, na década de 1990, mas dois jogos em que esteve no banco ficaram-lhe bem vincados na memória: aqueles em que defrontou o treinador Bobby Robson.

Sporting-FC Porto: Costinha recorda dificuldade em defrontar Bobby Robson

"Quando fui para o Sporting, era Bobby Robson o treinador", recorda o antigo guarda-redes de Sporting e FC Porto, hoje com 42 anos e retirado da competição.

Costinha transferiu-se do Boavista para o Sporting em 1993 e, em dia de ‘clássico’ em Alvalade, na 15.ª jornada da I Liga, lembra o treinador inglês como "um pai para todos", porque brincava e mantinha “um ambiente fantástico”.

Contudo, Bobby Robson - que morreu em 2009 - foi despedido do Sporting e terminaria a época de 1993/94 a orientar o rival FC Porto - e a ganhar a Taça de Portugal aos ‘leões’.

"Temos de estar preparados para tudo na vida. O que hoje é bom, amanhã é mau... Quando entramos no campo, antes do jogo é uma coisa, durante o jogo é outra. Temos de esquecer o que está lá fora, as amizades e tudo", nota o antigo jogador, hoje responsável por uma academia de futebol, que fundou em Leiria.

Num outro confronto entre ‘dragões’ e ‘leões’, Costinha foi expulso quando estava na baliza do Sporting.

"Era um jogo para a Taça de Portugal, nas Antas, e creio que era o António Rola o árbitro. Expulsou-me numa situação em que eu não tinha nada a ver - foi o Naybet [que cometeu falta]. Saí arrasado, porque quando há injustiça é muito complicado - e eu era um miúdo. Foi o Oceano ou o Paulo Sousa para a baliza. Mas acho que esse jogo acabou empatado", contou.

A memória já trai Costinha, mas mais de duas décadas depois o essencial ficou: nesse jogo da segunda mão da Supertaça, em agosto de 1995, o Sporting aguentou o 2-2 final com Oceano na baliza e conquistou o troféu.

"Esse jogo foi um marco. Os jogos contra o Porto ou contra o Benfica são um marco para qualquer jogador", frisa o antigo guarda-redes, que recorda ainda uma derrota em Alvalade, "com o relvado todo estragado", em que depois de um jogo sempre à defesa dos ‘dragões’, Domingos marcou o golo decisivo.

Duas décadas depois de ter sido protagonista em diversos encontros entre Sporting e FC Porto, Costinha acredita que um ‘clássico’ continua a ter o mesmo gosto.

"Mudou muita coisa. Mudaram os estádios, que são outros, mudaram as pessoas que gerem os clubes, principalmente no Sporting. No Porto, praticamente 70 por cento são as pessoas do meu tempo. Mas, em termos de ambiente, um ‘clássico’ é sempre um ‘clássico’. Depende do momento das equipas, dos jogadores. Cada jogo tem a sua história. No sábado, o Sporting-Porto também vai ter a sua história", sublinhou.

O antigo guarda-redes recorda com gosto a passagem pelos dois clubes.

"Quando fui para o Sporting ia fazer 19 ou 20 anos, fiquei muito contente por ir representar um dos ‘grandes’ portugueses, ainda por cima o Sporting. Foram quatro anos muito bons. Aprendi muito e foi muito importante para mim, para o resto da carreira", afirma, sublinhando as conquistas da Taça de Portugal e Supertaça.

Representou o clube entre 1993 e 1997 e jogou 104 partidas. "Só o campeonato é que nunca conseguimos ganhar. Mas foi muito positivo", lembrou.

Mais discreta foi a passagem no FC Porto, ao qual chegou depois de sair do Sporting a contragosto. "Não era aquilo que queria. Foi por situações que não têm a ver com futebol que saí do Sporting", diz, preferindo não divulgar os motivos que o levaram a transferir-se de Alvalade para o FC Porto.

Ali, jogou quatro jogos. "Era uma estrutura diferente, o ambiente era diferente. Eu era do norte, mas estava muito adaptado ao Sporting. Foi uma situação complicada. Fui para o Porto em março ou abril e a adaptação não foi tão boa. Estavam lá mais guarda-redes e depois regressou o Vítor [Baía]. Foi aí que decidi a minha vida de outra maneira", explicou.

Sportinguista, Costinha sublinha ter sempre respeitado os clubes por onde passou. Como adepto, mantém a postura: "Toda a gente sabe que o meu clube sempre foi o Sporting. Sábado vou torcer pelo Sporting, logicamente, mas com todo o respeito pelo FC Porto".

Programa da jornada

Sábado, 2 de Janeiro de 2016
Boavista - Moreirense, 0 - 3
Nacional - Arouca, 2 - 2
Académica - U. Madeira, 3 - 1
Marítimo - Estoril, 1 - 1
V. Setúbal - Sp. Braga, 1 - 1
Paços Ferreira - Belenenses, 2 - 2
V. Guimarães - Benfica, 0 - 1
Sporting - FC Porto, 2 - 0

Domingo, 3 de Janeiro de 2016
Rio Ave - Tondela, 2 - 3

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