Dérbi entre Benfica e Sporting também ajuda a definir liderança em Macau

Os ‘rivais’ chegaram à nona jornada sem derrotas e defrontam-se a partir das 14:00 locais (06:00 em Lisboa), na derradeira ronda da primeira volta, com o Benfica na frente, só com vitórias e com mais quatro pontos do que o Sporting.

Apesar de ainda ficarem a faltar nove jogos, há uma grande expectativa em torno do dérbi.

“Eu tenho dito aos jogadores que o nosso jogo de amanhã [sábado] não decide nada, mas decide quase tudo. Não há dúvida de que ao fim da primeira volta ninguém é campeão. Mas no caso de uma vitória, o Benfica ficará muito perto de poder renovar o título”, afirmou o treinador dos ‘encarnados’, Henrique Nunes, à agência Lusa.

O técnico do Sporting de Macau, João Pegado, também descreve a importância do ‘clássico’ para as contas do título: “Ao vencermos ficamos a um ponto do Benfica (...). Se perdermos, ficará tudo muito mais difícil: sete pontos de distância a nove jornadas do fim do campeonato (...). Se empatarmos, continua tudo em aberto, sabendo que é muito difícil o Benfica perder pontos com outros rivais”.

Neste sentido, o objetivo do técnico dos ‘leões’ para o embate de sábado é evidente: “Jogar para vencer”.

“Só temos um pensamento em mente – que é vencer, porque só desta forma podemos continuar a ambicionar o primeiro lugar” do campeonato, rematou João Pegado.

O “grande objetivo” do Benfica passa “logicamente” por acabar a primeira volta só com vitórias, frisou Henrique Nunes.

“Sabemos que não vai ser fácil, mas iremos fazer tudo dentro de campo para ver se realmente conseguimos”, completou o técnico, confiante de que vai ser “um bom jogo”, porque ambas as equipas “estão a praticar, neste momento, um bom futebol”.

“Não há dúvida de que em Macau não vai muita gente ao estádio. Mas, agora, em termos de clubes, não tenho dúvida nenhuma: é um clássico”, observou Henrique Nunes, treinador de 61 anos, que se estreou aos comandos do Benfica de Macau na atual temporada, na sua primeira experiência profissional fora de Portugal, depois de ter passado por clubes como Feirense ou Desportivo das Aves.

Relativamente às bancadas, João Pegado, de 33 anos, que treina os ‘verde e brancos’ há três épocas, espera uma assistência na ordem de uma centena de adeptos: “O Sporting de Macau é a equipa que leva mais pessoas ao estádio (…) e, como é óbvio, quando é um dérbi, e ainda por cima de matriz portuguesa, muito mais aparecem. Arrisco dizer que são os jogos com mais espetadores”.

O Benfica e o Sporting de Macau contam com um plantel de 23 jogadores, mas os ‘encarnados’ têm o dobro de profissionais (dez contra cinco a tempo inteiro), a maioria dos quais recrutados no estrangeiro, sobretudo a Portugal e ao Brasil, os quais integram um campeonato ‘amador’.

A Liga Elite é disputada por 10 equipas mas, segundo os treinadores de Benfica e Sporting, apenas metade é realmente competitiva. Apesar disso, e atendendo a “todas as condicionantes que existem em Macau”, acaba por ter um “bom campeonato”.

Henrique Nunes recordou o seu “choque” na chegada a Macau, onde algumas equipas, “mesmo da primeira liga, muitas das vezes não têm campos para treinar e que, quando têm, treinam em campos, como o de hóquei, como sintéticos, extremamente duros, muito agressivos para as articulações dos próprios atletas”.

Os campos são uma das “grandes dificuldades”, corroborou João Pegado, lembrando a ausência até ao final da temporada do ‘capitão’ Jorge Tavares, devido a uma lesão no joelho, contraída há duas semanas “devido ao mau estado do relvado”.

Aliás, esta quinta-feira, em vésperas do “clássico”, Benfica e Sporting tiveram de “partilhar” o campo de treino.

“Como é óbvio, nem o Benfica nem o Sporting treinaram nada do que iam treinar para o jogo” de sábado, comentou João Pegado.

O bicampeão Benfica de Macau lidera atualmente a Liga Elite com 24 pontos, resultantes de oito vitórias nos oitos primeiros jogos, sem sofrer qualquer golo e marcando 44, enquanto o Sporting segue no segundo lugar, com 20. Em terceiro e quarto lugar, respetivamente, surgem o C.P.K e o Monte Carlo (ambos com 16 pontos).