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Michel Platini rubricou em 1984 a mais impressionante prestação individual de um jogador numa fase final de um Europeu, conduzindo a ‘solo’ a anfitriã França a um inédito título internacional.
O ‘10’ gaulês marcou nada menos do que nove golos, um recorde dificilmente repetível, e faturou em todos os cinco jogos, incluindo o que lançou a França para a vitória na final com a Espanha (2-0), que procurava repetir 1964.
Platini abriu as ‘hostilidades’ com o golo que derrotou a Dinamarca (1-0), aos 78 minutos, somando, de seguida, dois ‘hat-tricks’, o primeiro face à Bélgica (5-0), em que abrir e fechou o marcador, e o segundo perante a Jugoslávia (3-2).
O oitavo golo foi o mais decisivo e aconteceu nas meias-finais, frente a Portugal, que chegou a liderar por 2-1 em pleno prolongamento: já após o ‘bis’ de Jean-François Domergue, Platini fez o 3-2 final, aos 119 minutos.
Na final, o jogador que brilhou na Juventus entre 1982/83 a 1986/87 inaugurou o marcador aos 57 minutos, na transformação de um livre direto, com a colaboração de um inesquecível ‘frango’ do guarda-redes espanhol Arconada.
Perante 47.368 espectadores, no Parque dos Príncipes, em Paris, Bruno Bellone ainda marcou, aos 90 minutos, um segundo golo para o ‘onze’ de Michel Hidalgo, que também tinha Jean Tigana, Alain Giresse, Maxime Bossis ou Joel Bats.
Os feitos de Platini atiraram, porém, tudo o resto para segundo plano, incluindo o feito da Espanha, que chegou às meias-finais graças a um tento do central Antonio Maceda, no último jogo da fase inicial, face à campeã RFA (1-0).
O conjunto espanhol logrou, depois, o acesso à final após um desinteressante embate com a Dinamarca (1-1 nos 120 minutos), decidido nas grandes penalidades (5-4), desempate em que o ‘vilão’ foi Preben Elkjaer-Larsen.
Em ‘grande’, na sua estreia em fases finais do Europeu, esteve Portugal, que terminou invicto a primeira fase (0-0 com a RFA, 1-1 com a Espanha e 1-0 à Roménia) e só caiu face à França, depois de ter estado a vencer já em pleno prolongamento (2-1), com um ‘bis’ de Jordão, na sequência de duas assistências do ‘pequeno genial’ Chalana.
Na fase final do Europeu de 1984 foram apontados 41 golos, em 15 jogos, à média de 2,73 por jogo, muito por culpa de Michel Platini, que só não marcou mais tentos... do que a Dinamarca (também nove).
