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Itália: Estádio do Catânia interdito até final da época

O Catânia vai disputar em campo neutro e à porta fechada os jogos previstos para casa até ao final da época, decretou hoje a Liga Profissional de Clubes de futebol, após os incidentes que causaram a morte de um polícia.

O estádio Ângelo Massimino foi suspenso até 30 de Junho de 2007, indicou o juiz desportivo da Liga, que acrescentou ''a obrigação para o Catânia de disputar os encontros do domicílio à porta fechada''.

Ao clube foi ainda aplicada uma multa de 50.000 euros, uma vez que ''não resta qualquer dúvida da responsabilidade pelos actos de violência dos adeptos'', indicou na sua decisão o juiz desportivo Gianpaolo Tosel.

Os violentos confrontos entre os adeptos do Catânia e as forças de segurança que ocorreram à margem do ''derby'' siciliano frente ao Parma levaram à morte de um polícia de 38 anos, Filippo Raciti, e fizeram mais de uma centena de feridos.

O juiz explicou que ''antes do início do jogo, um grupo de adeptos do Catânia causou graves incidentes'' nos balneários.

De acordo com os primeiros elementos do inquérito policial, Filippo Raciti foi morto no exterior do estádio por um objecto lançado pelos adeptos que lhe causaram ferimentos mortais no fígado e abdómen, tendo os confrontos prosseguido no final do encontro frente ao Parma.

A 22ª jornada, que não pôde ser disputada na sequência da suspensão dos campeonatos após a tragédia de Catânia, deverá ser disputada a 18 de Abril.

O Governo italiano adoptou uma série de medidas de urgência contra a violência no futebol, nas quais se prevê jogos à porta fechada nos estádios que não cumpram com as condições já previstas nos regulamentos.

Essas condições são a emissão de bilhetes nominativos e lugares numerados, vigilância vídeo interna e externa, zonas de pré- filtragem e torniquetes e ''stewards'' disponibilizados pelos clubes no interior dos estádios.

Está também interdita a venda agrupada de bilhetes a adeptos das equipas visitantes, enquanto os elementos proibidos de entrar em estádios poderão ser obrigados a prestar trabalhos do interesse geral durante a disputa de encontros e não apenas se apresentar nas esquadras de polícia no dia dos jogos.

De acordo com números oficiais, 1.400 adeptos estão proibidos de entrar em estádios de futebol.

LUSA

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