Primeira Liga: Boavista - Feirense (declarações)

Erwin Sanchez (treinador do Boavista): "Sinto tristeza. Por vezes, o futebol é cruel demais com os resultados e até com as pessoas. Temos um jogador em lágrimas (Lucas Tagliapietra), mas faz parte de uma equipa. Todos eles podem cometer eros.

Ela já fez golos e já fez muita gente sorrir. Hoje, teve a infelicidade de não estar numa tarde boa, mas isto é uma equipa. Quando ganhamos, ganhamos todos e quando perdemos, penso que também tem que ser assim.

Não podemos carregar todas as culpas sobre uma pessoa. Se tiver que ser assim, será sempre o treinador.

Estas são situações que acontecem num jogo. Disse ao Lucas que, pela sua juventude, se calhar, pode vir a cometer outros erros, Mas ele, não vai deixar de trabalhar como um jogador de equipa.

Obviamente, estou triste, tal como os boavisteiros. Demos tudo, fizemos algumas alterações, que quase davam resultado.

No futebol, também é preciso um bocadinho de sorte e hoje a sorte não esteve do nosso lado. O Feirense foi duas vezes à nossa baliza e fez dois golos. Essa foi a diferença.

Tivemos muitos cantos e livres laterais e não fomos suficientemente eficazes para virar o resultado”.

José Mota (treinador do Feirense): “Nem tudo foi bom. Poderíamos e deveríamos, em várias fases do jogo, ter sido mais esclarecidos, rigorosos e concentrados, mas penso que foi uma vitória justa pelo empenho.

Aliás, empenho sobrou em ambas as equipas. Todos os jogadores trabalharam muito, mas nem sempre bem. O jogo podia ter tido mais qualidade.

Sabíamos que este adversário é muito difícil em sua casa. O jogo começou com muito futebol direto, muitas faltas que o adversário torna em situações de grande aperto para a defensiva adversária. Não criaram perigo porque estivemos nessa fase muito concentrados.

Depois, conseguimos o golo e tivemos uma fase tranquila. Conseguimos ter posse de bola, jogar no campo todo, mas a forma como o adversário joga é extremamente difícil.

A segunda parte foi um pouco mais do mesmo. Tivemos muitas dificuldades. As alterações do Boavista produziram algum efeito e, no final, tivemos sorte, a sorte que nos faltou, por exemplo, no jogo com o Rio Ave.

Fizemos o golo e os meus jogadores acabam por merecer este resultado, porque trabalharam até à exaustão. Nunca se deram por vencidos”.