FIFA: É prioritário diferendo nos jogos de Israel nos territórios ocupados

É uma das minhas prioridades e nossas prioridades. Ainda não estive na região, simplesmente porque as condições ainda não foram criadas, mas estamos a trabalhar”, referiu Infantino em entrevista à AFP.

O Observatório de Direitos Humanos (HRW) acusou recentemente a FIFA de caucionar aquilo a que chamou “roubo” de terras palestinianas, ao aceitar que jogos organizados pela Federação israelita de futebol se disputem nas colónias estabelecidas na Cisjordânia.

A organização não-governamental apelou à FIFA que realize as reformas necessárias para parar a realização dos jogos.

Gianni Infantino lembrou que mais do que uma questão do futebol é um problema político, para o qual o mundo ainda não encontrou uma solução, mas disse estar confiante de que com diálogo, sem que se entre no campo político, será possível encontrar uma solução.

O HRW defende que os colonatos são ilegais face ao direito internacional. De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), desde 1967 que existem 500.000 colonos israelitas instalados em territórios palestinianos.

Na mesma entrevista à AFP, Infantino comentou também a saída de Sam Allardyce do cargo de selecionador de Inglaterra, revelando ter ficado triste e surpreendido com o que ouviu e leu sobre o assinto.

Allardyce foi apanhado numa investigação de um jornal a dar conselhos sobre a forma de contornar as regras de transferências, o que levou a Federação Inglesa (FA) a afastar o técnico, substituído interinamente por Gareth Southgate.

“Claro que fiquei muito surpreendido. E também muito, muito triste com o que ouvi e li em relação aquilo que pode ser a ‘ponta do icebergue’ e que outras histórias podem surgir”, referiu o patrão do futebol mundial.

Infantino disse ainda saber que a FA está a tomar conta do assunto e a conduzir uma investigação, pelo que é o momento de a deixar trabalhar e tirar conclusões, antes de se fazerem mais comentários.