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FIFA promete «tolerância zero» para pedofilia no futebol

O presidente da FIFA, Gianni Infantino, prometeu hoje "tolerância zero" na investigação do escândalo de pedofilia que está a incidir sobre treinadores e antigos jogadores do futebol inglês, defendendo o afastamento "sem dúvidas" dos culpados.

FIFA promete «tolerância zero» para pedofilia no futebol

Há poucas coisas na vida, não só na vida futebolística, piores do que o abuso sexual de crianças, por isso isto tem de ser levado a sério", disse aos repórteres o líder da FIFA, no final de uma conferência em Singapura, prometendo que os responsáveis serão banidos do futebol.

"Tem de haver tolerância zero de uma perspetiva do futebol, mas também do ponto de vista criminal", acrescentou o responsável, que comentava assim o escândalo de pedofilia que pende sobre o futebol britânico desde as revelações, no domingo, de que antigos treinadores e 'olheiros' são acusados de abusarem sexualmente de jogadores jovens.

Cerca de 20 antigos jogadores já falaram sobre o alegado abuso por parte dos seus treinadores, e a Associação Inglesa de Futebol prometeu investigar as acusações.

Segundo os relatos da imprensa, 55 clubes foram nomeados à polícia e 18 diferentes forças policiais em todo o paús estão a investigar as acusações.

Um advogado próximo das alegadas vítimas denunciou na terça-feira que vários clubes ingleses estão a utilizar acordos de confidencialidade para encobrir o escândalo.

Edward Smethurst, que ajudou a criar um organismo de apoio às crianças vítimas de abuso sexual, independente da Federação Inglesa de Futebol (FA), revelou que os futebolistas foram coagidos a assinar acordos de confidencialidade em troco de compensações financeiras.

O organismo, designado Offside Trust, foi apresentado na segunda-feira pelos promotores, entre os quais se incluem ex-futebolistas que foram alvo de alegados abusos sexuais, casos de Andy Woodward, Steve Walters e Chris Unsworth.

A comunicação social britânica revelou no domingo que o Conselho Nacional de Chefes de Polícia (NPCC, sigla em inglês), órgão que coordena as forças policiais locais, está a investigar 55 clubes, tanto profissionais como amadores.

O ex-jogador Davy Russell, do Charlton Athletic, de 50 anos, disse que enviou uma carta à FA, em 1986, a relatar os abusos sexuais de que foi alvo por parte de Eddie Heath, antigo ‘olheiro’ do Chelsea, e não obteve resposta.

A FA e os clubes ingleses foram acusados de terem abafado durante décadas inúmeros atos de pedofilia envolvendo um número ainda não determinado de vítimas, mas que poderá ser superior a 350 de acordo com um relatório divulgado pela polícia.

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