Os colombianos do Atlético Nacional, eliminados na quarta-feira pelos japoneses do Kashima Antlers nas meias-finais do Mundial de clubes de futebol, contestaram o recurso ao vídeo-árbitro e consideraram que esta tecnologia foi decisiva para o desfecho do confronto.
“Essa decisão [do árbitro húngaro Viktor Kassai] foi crucial, pois estávamos a dominar o jogo e ficámos abalados psicologicamente. Mudou totalmente o encontro”, referiu o defesa Farid Diaz, depois da derrota por 3-0.
Naquela que foi a estreia do vídeo-árbitro em jogos da FIFA, o recurso tecnológico acabou por ter uma grande importância no jogo disputado em Osaka, com Viktor Kassai a recorrer a esta tecnologia para decidir uma grande penalidade, que daria o primeiro golo aos nipónicos.
O Atlético Nacional, com o domínio do jogo, até já tinha atirado à barra, por Mosquera, aos 23 minutos, mas um lance capital de Berrío sobre Daigo Nishi na área – que o árbitro até tinha deixado seguir - mudou o resultado.
O árbitro húngaro visionou o lance e pôde então verificar a falta de Berrío, com Shoma Doi a converter o penálti, aos 33 minutos.
“Continuo sem entender esta decisão, até porque os jogadores do Kashima Antlers nem sequer protestaram e continuaram a jogar. Isso foi o que mais me surpreendeu. Aquela decisão ‘matou-nos’”, comentou, por seu turno, o capitão dos atuais campeões sul-americanos, Alexis Henriquez.
Henriquez deixou “muitas dúvidas se esta tecnologia vai funcionar”, considerando mesmo que o recurso ao vídeo-árbitro “vai acabar com a essência do futebol”.
“Estávamos a dominar o jogo e aquela decisão mudou o rumo dos acontecimentos em 180 graus. ‘Matou-nos’. Além disso, o árbitro demorou mais de dois minutos a tomar a decisão [de assinalar penálti]”, avaliou o médio Mateus Uribe.
Com este triunfo, o Kashima Antlers irá encontrar na final do Mundial de clubes, agendada para 18 de dezembro, o vencedor do jogo de hoje entre o campeão europeu Real Madrid e os campeões da zona da América do norte, central e Caraíbas, os mexicanos do Club América.