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Pinhalnovense sonha com subida à II Liga sem perder a pronúncia chinesa

O Pinhalnovense faz parte do projeto de investimento do empresário Qi Chen desde 2015 e é um dos casos de maior integração de jogadores chineses em equipas de futebol em Portugal.

Pinhalnovense sonha com subida à II Liga sem perder a pronúncia chinesa

A cumprir a segunda época sob domínio deste investidor chinês, que é o atual presidente da SAD, depois de esta ter sido constituída em julho do ano passado, o clube da Margem Sul procura conciliar o sonho de subida à II Liga e o objetivo de fomentar o desenvolvimento de jovens futebolistas chineses.

Os defesas Yan Zhang, Shen Wang e Jiajun Huang, os médios Ailong Yang e Deng Yubiao, e o avançado Jiachen Li têm entre 18 e 21 anos. Em comum carregam uma ambição e um ‘fardo': construir uma carreira de sucesso e superar as barreiras futebolísticas, linguísticas e culturais entre China e Portugal.

Deste lote, quatro já tinham algum tipo de experiência no Campeonato de Portugal ou nas camadas jovens de outros clubes, mas Yan Zhang e Deng Yubiao vieram este verão da China para tentar singrar no país campeão europeu de seleções em 2016. Um desafio que fica, sobretudo, nas mãos do treinador João Sousa, que substituiu Jorge Prazeres, em dezembro.

"Para mim, este desafio não é novo. Já trabalhei com três jogadores chineses no Sertanense, no 1.º de Dezembro também tinha vários chineses, e na época passada orientava nove ou dez jogadores chineses no Loures", afirma.

Em entrevista à Lusa, o técnico garantiu que não há tratamento especial, apesar do objetivo inerente ao projeto: "O que Qi Chen me disse foi para rentabilizar o jogador chinês e fazê-lo crescer como futebolista para que possa regressar ao campeonato da primeira divisão da China. Para mim, os jogadores são todos iguais e têm de ser todos rentabilizados".

Com o Pinhalnovense atualmente classificado em quinto lugar da Série H do Campeonato de Portugal, com 23 pontos, a cinco dos dois primeiros lugares, que garantem a disputa da fase de subida, João Sousa releva a qualidade que já consegue identificar entre o contingente chinês do plantel para lutar pela promoção à II Liga.

"Vi que há jogadores com muita qualidade. O central é muito bom jogador, com uma capacidade técnica muito grande e um potencial enorme, o avançado também tem bastante qualidade, é rápido, alto e móvel e o médio sabe estar em campo. Dos quatro jogadores chineses que estavam no treino, pelo menos três deram sinais de qualidade e podem crescer", frisou.

Um passado feito de trabalho com jogadores oriundos da China deixa João Sousa tranquilo para esta experiência, até porque "o futebol é igual em todo o lado" e os jogadores mostram vontade de "aprender português rapidamente" para ultrapassar o eterno obstáculo da comunicação.

"Se tivermos alguma dificuldade tento falar mais no final do treino, mas agora já há muitos meios de auxílio, como o tradutor dos telemóveis. No fundo, conseguimos com tempo fazê-los perceber o que pretendemos. Eles são jovens e aprendem rápido. O objetivo deles é crescerem e para isso tentam também aprender português rapidamente para perceberem o que nós queremos", resumiu.

Por enquanto, apenas Jiajun Huang é titular indiscutível na equipa, com Jiachen Li e Ailong Yang a merecerem também algumas oportunidades de jogo. Todavia, Pinhal Novo, a largos milhares de quilómetros da China, é somente o ponto de partida para estes seis jovens.

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