Crónica: Sinclair dá vitória ao Canadá frente à Dinamarca na Algarve Cup

O Canadá, medalha de bronze nos Jogos Olímpicos Rio2016, dominou o encontro – por vezes de forma sufocante –, criou inúmeras oportunidades, mas apenas conseguiu materializar a superioridade nos instantes finais, com a marca ‘inevitável’ de Sinclair, recordista de golos e jogos na seleção – 167 em 253.

Pouco tempo depois da derrota de Portugal com a Rússia (1-0), o selecionador português, Francisco Neto, esteve na bancada do Estádio Municipal de Lagos a observar os dois próximos adversários e, certamente, confirmou as dificuldades que Portugal vai sentir, em especial com o Canadá, uma equipa com grande intensidade, com excelente capacidade de circulação de bola, fisicamente forte e com algumas jogadoras acima da média.

A Dinamarca, forte fisicamente e muito sólida a defender, apostou no contra-ataque e foi assim que criou o primeiro lance de relativo perigo do encontro, com Frederikke Thogersen, lançada em profundidade, a passar pela guarda-redes, mas, já em desequilíbrio a rematar ao lado, aos 15 minutos.

Seguiu-se um período de intenso domínio do Canadá, que provou a razão de ser quarto do ‘ranking’ mundial e a quem apenas faltou um golo para provar o seu domínio.

Sem que a Dinamarca conseguisse sair da sua zona defensiva, o Canadá ia criando vários lances de perigo, com a possante ponta de lança Christine Sinclair em destaque, pelo muito trabalho que efetuou, como pelas várias oportunidades que construiu, mas que ou paravam nas mãos de Stina Petersen ou nos pés de uma defesa.

O grande momento da primeira parte saiu dos pés de Jessie Fleming, outro dos destaques canadianos, que, de fora da área, acertou na barra.

Sempre em contra-ataque, a Dinamarca fechou a primeira parte como abriu, com um lande de perigo, mas Pernille Harder atirou ao lado.

Mesmo sem a mesma intensidade do primeiro tempo, o Canadá continuou a mandar na partida, mas Stine Petersen ia segurando a igualdade, como aconteceu perante as tentativas de Deanne Rose (60), Jessie Fleming (68) e Christine Sinclair (69).

A justiça acabaria por surgir aos 90 minutos, tanto para o Canadá como para Christine Sinclair, provavelmente a melhor em campo e que aproveitou uma assistência de cabeça de Deanne Rose para ‘fuzilar’ a guarda-redes dinamarquesa e marcar o seu 167.º golo em 253 jogos pela seleção.