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Sporting/Eleições: 'Guerra' com Benfica marca mandato de Bruno de Carvalho

O primeiro mandato de Bruno de Carvalho como presidente do Sporting ficou marcado pela reestruturação financeira e uma ‘guerra sem quartel’ com o Benfica, travada na sequência da contratação do treinador Jorge Jesus ao rival lisboeta.

Sporting/Eleições: 'Guerra' com Benfica marca mandato de Bruno de Carvalho

Bruno de Carvalho contrariou as vozes mais catastrofistas, que prognosticavam o fim imediato do Sporting, mas, após quatro anos em Alvalade, tem apenas para ‘mostrar’ no futebol – a força-motriz do clube - a conquista de uma Taça de Portugal e uma Supertaça.

Em 23 de março de 2013, Bruno de Carvalho tornou-se o 42.º presidente ‘leonino’, sucedendo ao demissionário Luiz Godinho Lopes, que o tinha derrotado dois anos antes, batendo os outros dois candidatos - José Couceiro e Carlos Severino –, ao recolher mais de 50% dos votos.

Uma das primeiras e mais bem-sucedidas medidas do novo líder sportinguista foi a renegociação da pesada dívida aos bancos, considerada muito favorável ao clube, mas que impôs um ‘espartilho’ financeiro bem visível na política de contratações austera durante a fase inicial da presidência.

O treinador Leonardo Jardim foi a escolha pessoal para substituir Jesualdo Ferreira, ‘herança’ rejeitada de Godinho Lopes, e os resultados foram imediatos: o Sporting foi segundo posicionado na liga, apenas atrás do Benfica, um ano depois de ter terminado em sétimo, a pior classificação de sempre.

O trabalho de Leonardo Jardim despertou o interesse do Mónaco e, pela primeira vez, o Sporting conseguiu transferir um treinador, apostando no jovem Marco Silva, que acabou por se incompatibilizar com o presidente e saiu de forma litigiosa, ainda que tenha resistido até ao fim da época.

Da ligação com Marco Silva resultou também o título mais importante conquistado pelos ‘leões’ durante todo o mandato de Bruno de Carvalho, a Taça de Portugal, em 2015, mas o episódio mais marcante dos últimos quatro anos surgiu no defeso desse ano, com a contratação de Jorge Jesus, resgatado ao Benfica.

A contratação do técnico que conquistou três títulos nacionais em seis anos no clube da Luz abriu uma ‘guerra’ com o rival lisboeta, que ainda hoje sem mantém acesa e que teve várias ‘frentes’, tanto nos tribunais como na cena mediática, com destaque para a acusação de ofertas aos árbitros por parte dos ‘encarnados’.

Jorge Jesus iniciou da melhor forma a carreira de ‘leão ao peito’, com a vitória na Supertaça – mais saborosa por ter sido obtido frente ao Benfica – e manteve até à última jornada do campeonato a perspetiva de conquistar um título que escapa ao Sporting desde 2002.

Dois pontos impediram Bruno de Carvalho de triunfar onde os seus antecessores falharam, mas o Sporting teve de contentar-se com o segundo lugar, atrás do Benfica, e o prometido sucesso nesta temporada transformou-se num pesadelo desportivo, com o afastamento precoce em todas as provas.

O Benfica foi o alvo prioritário de Bruno de Carvalho, mas não o único: o presidente do Sporting ‘disparou’ em todas as direções, instaurando processos a anteriores dirigentes e lançando uma ‘cruzada’ contra o fundo de investimento Doyen, num caso que terminou com a condenação do Sporting a pagar mais de 20 milhões de euros.

O incidente com o presidente do Arouca no túnel de acesso aos balneários do estádio José Alvalade, que está em fase de inquérito na justiça desportiva, foi um dos últimos capítulos de uma presidência marcada pelo confronto, da arbitragem às instituições, passando pela própria oposição interna.

Pelo meio, Bruno de Carvalho iniciou a construção do pavilhão João Rocha – uma promessa eleitoral -, patrocinou o regresso do ciclismo e conseguiu um acordo plurianual com a NOS para a cedência dos direitos de transmissão televisiva dos jogos da equipa de futebol superior a 500 milhões de euros.

Confira aqui tudo sobre a competição.

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