Secretária-geral da FIFA aguarda relatório do escândalo de doping na Rússia

A dirigente, de visita à Rússia para observar os preparativos para a Taça das Confederações, ‘balão de ensaio’ do Mundial de 2018, lembrou que o organismo precisa de aguardar pelos relatórios da Agência Mundial Antidopagem (AMA) para identificar 'nomes dos futebolistas acusados de doping' para poder tomar medidas disciplinares.

O célebre relatório McLaren, encomendado pela AMA e que denuncia a prática generalizada de doping na Rússia, com apoio estatal, denuncia práticas ilegais das seleções de sub-17 e sub-21 da Rússia.

Já outras federações internacionais, como as do atletismo e de desportos de inverno, já procederam disciplinarmente, na sequência das denúncias do relatório, depois de a AMA ter disponibilizado a identificação dos prevaricadores, que no relatório público estão ‘encriptados’ com códigos.

No entanto, a AMA admite que vários procedimentos disciplinares possam estar ‘barrados’ pelo facto de o laboratório russo ter destruído mais de 1.000 amostras, mantendo-se apenas provas documentais.

Fatma Samoura disse saber que 'há listas de jogadores', mas a FIFA não pode avançar com decisões 'nem culpar ninguém, porque não existem provas oficiais'.

Neste sentido, a secretária-geral reforçou que 'não há nenhuma razão para retirar à Rússia a organização do Mundial, nem boicotá-lo'.

«Queremos minimizar qualquer risco de boicote», frisou a dirigente, elogiando a 'o nível de preparação da Rússia e ainda as condições de segurança'.