Aleksander Ceferin, presidente da UEFA, afirmou hoje ter vontade de unir o futebol europeu e proteger a sua integridade, apostando na transparência e eficiência do organismo.
«Quero unir a comunidade do futebol através do diálogo, inclusão, solidariedade e igualdade de género», resumiu o dirigente.
Em entrevista ao site da UEFA, Ceferin abordou vários temas e os primeiros tempos do seu mandato, destacando a importância de 'proteger o futebol'.
«Estou a falar sobre trabalhar no antidoping, licenciamento dos clubes, ‘fair-play’ financeiro, segurança e tranquilidade, integridade e descriminação, ao mesmo tempo que implementamos boa governança baseada em transparência e eficiência», elucidou.
O dirigente, de 49 anos, quer fazer 'desenvolver o futebol através da crescente participação dos agentes desportivos a longo prazo, com iniciativas sustentáveis e responsabilidade social'.
«Precisamos de estar unidos e estar alinhados de modo a atingirmos objetivos comuns e ultrapassar os desafios. Isso faz-me otimista. Acho que podemos fazer grandes e positivas coisas no futuro», reforçou.
Aleksander Ceferin assume ainda o compromisso de 'desenvolver o futebol feminino', daí ter constituído um departamento próprio na UEFA, que tem uma vasta equipa de trabalho que o deixa 'otimista' quanto à concretização dos seus objetivos.
«Sinto que há um enorme potencial para desenvolver e melhorar esta parte do jogo. Estou também a ver formas de fazer evoluir na Liga dos Campeões feminina para captar ainda mais atenção do que a que conquista atualmente», vincou.
Defende ainda o ‘fair-play’ financeiro, considerando que desde a sua implementação as perdas do futebol 'baixaram mais de 80 por cento'.
«O que é importante é que o ‘fair-play’ financeiro não é apenas aplicado aos clubes que querem participar nas competições da UEFA: gradualmente, deve ser introduzido nos campeonatos nacionais para assegurar que os clubes vivem mediante as suas possibilidades e são dirigidos de forma sustentável», reforçou.
Para todos os desafios, a anterior experiência como presidente da federação da Eslovénia permitiu-lhe amealhar 'conhecimento valioso' quanto ao modo de funcionar e desafios das federações.
O presidente da UEFA quer “envolver” as 55 federações nos processos de decisão do organismo, também focado nos adeptos, 'o coração do futebol, com a sua paixão e entusiasmo'.