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Olivais e Moscavide desce de divisão e falha consolidação financeira

O presidente do Olivais e Moscavide, José Caldeira, lamentou hoje à Agência Lusa não ter conseguido concretizar os objectivos de ''consolidar o percurso desportivo e financeiro'' do clube, que desceu à 2ª divisão B.

Os ''atrasos são terríveis'' para ''seguir estes dois percursos em paralelo'', disse José Caldeira, referindo-se ao protocolo existente entre o clube, a Parque Expo e a Câmara Municipal de Lisboa, para a construção de um novo estádio.

''Não tem sido a Parque Expo a não cumprir'', frisou José Caldeira, que perante este cenário e dada a obrigação de ''a direcção ter de arranjar meios financeiros para o clube'', é peremptório em não se assumir como candidato a uma nova subida à Liga de Honra: ''não sou capaz de garantir isso''.

A luta pela manutenção na Liga de Honra foi considerada por José Caldeira como um ''suicídio'' porque o retorno financeiro ''é pouco'', explicando que ''subiram os salários e os impostos que não foram compensados com receitas''.

''As assistências não excederam, excluindo o jogo com o Leixões, os jogos da 2ª divisão e os preços dos bilhetes aumentaram. Enquanto este modelo não for alterado, será sempre uma Liga de suicídio'', afirmou.

Questionado pela Lusa sobre a continuidade de José Ferreirinha no comando técnico do Olivais e Moscavide, o presidente explicou que se vai reunir terça-feira com o treinador para ''fazer um balanço dos quatro jogos'', advertindo que o treinador ''não tem o condão de resolver os problemas do clube''.

Já o treinador José Ferreirinha disse à Lusa estar disponível para continuar, realçando que ''gostava de continuar no Olivais e Moscavide e ajudar o clube, numa pequena prestação, a recolocá-lo no local que merece, na Liga de Honra''.

''Gostava de dar a alegria à pessoa fantástica que é o presidente do clube'' que ''entre 40 ou 50 treinadores para convidar disse-me que fui a primeira opção'', explicou José Ferreirinha.

''Senti-me orgulhoso de treinar este grupo de trabalho, porque os jogadores deixaram tudo em campo, quiseram inverter a situação e que o Olivais não descesse de divisão'', acrescentou.

O técnico, que orientou o clube nos quatro derradeiros jogos da Liga de Honra assume que ''não era um trabalho fácil, a equipa já estava em queda'', ressalvando que ''o grupo foi sempre fantástico''.

Ferreirinha aponta como causas para a o 15º lugar na Liga de Honra e consequente descida de divisão, naquele que é ''um momento difícil'', ''alguma falta de sorte'', nos quatro jogos que orientou, e ''arbitragens não premeditadas, que, por infelicidade, também ajudaram a que a equipa não permanecesse''.

''Falhámos um ''penalty'' que, seguramente, nos daria a manutenção depois de o Portimonense estar a perder em casa'', concluiu.

O presidente do Olivais e Moscavide assinala que a presença, ao fim de 95 anos de existência, num campeonato profissional foi ''sem dúvida'' um marco histórico para o clube, sendo necessário ''reter o positivo, que foi subir e disputar uma Liga profissional, e o negativo, que foi não ter conseguido a manutenção''.

Para o futuro, José Caldeira vai ''falar com o Benfica e o Sporting sobre uma possível política de empréstimos'', que este ano ''não resultou, não pelos resultados desportivos'', colocando como condição que sejam ''jovens valores com capacidades acima da média''.

No plantel actual, o clube tem ''cinco jogadores com contrato, os restantes estão emprestados ou em final de contrato'', disse José Caldeira.

LUSA

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