Olivais e Moscavide procurar treinador para fugir à despromoção

O técnico pediu segunda-feira a demissão, depois da derrota de domingo no reduto do ''lanterna vermelha'' Desportivo de Chaves (1-0), em encontro da 26ª jornada, tendo a equipa ficado entregue provisoriamente ao treinador dos juniores, António Carlos.

O presidente do Olivais e Moscavide, José Caldeira, afirmou que ''já está à procura'' e que tem, para o dia de hoje ''reuniões marcadas com pessoas, cujo perfil se adequam ao curto período que está em causa''.

José Caldeira pretende ''solucionar o problema'', apesar de existirem ''limitações naturais'', dado o período muito curto, que ''não é consentâneo'' com a preparação da próxima época.

O dirigente ''estranha'' a decisão de Rui Dias, porque foi ''condicionada por resultados de terceiros, nomeadamente a vitória do Portimonense sobre o Rio Ave'', acrescentando que ''houve um temor de que os resultados não surgissem''.

Segundo o presidente, Rui Dias ''não se sentia com capacidade e argumentos para conseguir levar o grupo às vitórias''.

''É preciso aguentar a pressão. Não são só os jogadores que não aguentam a pressão. Por vezes, são também os dirigentes e os próprios treinadores. Estamos perante um caso desses'', frisou.

Já o treinador apresenta ''situações anómalas que foram acontecendo'', simultaneamente com a ''saída de jogadores'', que levaram a ''não conseguir obter os patamares da primeira volta''.

Questionado sobre estas ''situações anómalas'', Rui Dias adiantou que não se deve apenas aos ordenados em atraso, não ''querendo especificar''.

Toda a equipa técnica do clube saiu, segunda-feira, porque as ''situações anómalas eram comuns a todos'' e resultaram em ''alguma instabilidade'', requerendo ''novos equilíbrios'', que são possíveis.

''Acredito no clube, acredito nos jogadores e sei que eles vão conseguir manter-se'', até porque ''a equipa depende só dela, pois está acima da linha de água'', afirmou Rui Dias.

O presidente do clube adianta que Rui Dias esteve perto de renovar contrato com o Olivais e Moscavide, não o tendo feito porque ''o processo de renovação coincidiu com a entrada neste ciclo negativo'', tendo sido acordado ser ''mais importante concentrar os esforços'' para melhorar os resultados.

Rui Dias explica que o processo de renovação não foi consumado porque nem tudo correu como pretendia: ''porque é que eu não renovei? Não foi por questões financeiras'', disse, acrescentando ''tive o contrato em cima da mesa, que não se concretizou porque houve algumas coisas que não correram tão bem''.

LUSA