loading

Crónica: Benfica e FC Porto não se ‘largam’ e adiam 'decisão' do título

Benfica e FC Porto deram hoje mais uma prova do equilíbrio registado entre ambos na I Liga portuguesa de futebol e mantiveram a curta distância de um ponto, ao empatarem 1-1, no clássico da 27.ª jornada.

Crónica: Benfica e FC Porto não se ‘largam’ e adiam 'decisão' do título

Jonas colocou os tricampeões em vantagem logo aos sete minutos, na conversão de uma grande penalidade, mas Maxi Pereira, aos 49, fez uma ‘desfeita’ à sua antiga equipa e igualou as contas do jogo ‘grande’ da ronda.

As duas equipas continuam, assim, separadas por um mísero ponto, com vantagem para o Benfica, e fecham a oitava jornada consecutiva separadas por esta margem, que se iniciou à 19.ª jornada, quando as ‘águias’ perderam em Setúbal.

Desta forma, Rui Vitória continua sem vencer o FC Porto desde que iniciou a carreira de treinador, tal como Nuno Espírito Santo se mantém em ‘branco’ perante o Benfica.

Por outro lado, o Benfica somou a terceira época seguida sem bater o rival portista na Luz, em jogos do campeonato, num registo que se limita a apenas dois triunfos (2009/10 e 2013/14) nos últimos 11 clássicos, contra quatro dos ‘dragões’ e cinco igualdades.

Rui Vitória reservou uma ‘surpresa’ para o clássico, lançando Rafa no ‘onze’ titular, para o lugar do sérvio Zivkovic, tendo sido esta a única alteração relativamente à equipa que defrontou o Paços de Ferreira, na ronda anterior.

Já do lado dos portistas, Nuno Espírito Santo operou duas mexidas no conjunto que iniciou a partida com o Vitória de Setúbal, há 15 dias, relegando André Silva para o banco de suplentes e devolvendo a titularidade a Maxi Pereira e André André.

Os ‘encarnados’ entraram a todo o ‘gás’, remetendo o adversário para o seu terço defensivo e seria precisamente numa dessas incursões ofensivas que Salvio ultrapassou um adversário e deixou Jonas em posição de inaugurar o marcador, não fosse o derrube de Felipe dentro da área, que foi sancionado pelo árbitro Carlos Xistra.

Chamado à conversão da grande penalidade, Jonas venceu o duelo com Casillas e colocou os tricampeões em vantagem, anotando, desta forma, o seu primeiro tento aos ‘azuis e brancos’ desde que enverga a camisola das ‘águias’.

O clássico decorria sob enorme tensão, não só no relvado, mas também nas bancadas, onde se registaram algumas ‘picardias’ entre adeptos do Benfica e alguns adeptos isolados do FC Porto que se encontravam espalhados pelo Estádio da Luz, onde marcaram presença mais de 64.000 espetadores.

Aos poucos, o arranque ‘fulgurante’ dos ‘encarnados’ foi-se desvanecendo e o FC Porto passou a tomar conta do jogo, dos ritmos e do tempo, como, aliás, tanto gosta de fazer, ainda que as muitas paragens que se iam registando, com muitas faltas assinaladas (15 no primeiro tempo) retiraram qualidade ao encontro.

Óliver, um dos melhores em campo, e Brahimi tentaram alvejar a baliza à guarda de Ederson, mas sem perigo de maior para o guardião brasileiro, que, pouco depois, teve se aplicar para rebater um livre cobrado pelo argelino.

Nesta altura, o Benfica já revelava enormes dificuldades para sair de forma criteriosa perante a oposição dos jogadores portistas - quase sempre em superioridade nas zonas de pressão - sendo que a exceção eram algumas incursões individuais de Salvio e Rafa, que tentavam levar a equipa para a frente, quase sempre sem a definição correta.

Ainda assim, o conjunto da Luz dispôs de soberana ocasião para aumentar a vantagem em cima do intervalo, quando Luisão bateu a concorrência nas alturas, mas cabeceou ligeiramente ao lado.

Tantas vezes bom ‘conselheiro’ para as equipas, o descanso acabou por ser deveras benéfico para o FC Porto, que entrou na etapa complementar de forma incisiva e chegou ao empate num lance de insistência dentro da área benfiquista, com a bola a sobrar para Maxi Pereira, que conseguiu ultrapassar as muitas ‘camisolas’ encarnadas que tentavam proteger a baliza de Ederson.

O ‘balde de água fria’ que se abateu sobre os adeptos benfiquistas só não teve consequências maiores à passagem da hora de jogo porque o guardião brasileiro mostrou o porquê de ser um dos melhores da Europa, ao sair de forma corajosa aos pés de Soares, que seguia isolado para a reviravolta.

Apesar do muito ‘coração’, mas quase sempre com ações em esforço, o Benfica foi tentando aproximar-se de nova vantagem, mas passou a deparar-se com um inspirado Casillas, que esteve apostado em repetir a exibição do clássico da época passada, também na Luz.

Depois de já ter afastado um livre de Jonas, o espanhol efetuou a defesa da noite e evitou o ‘bis’ do avançado benfiquista, que se preparava para dar a melhor sequência a uma combinação entre Nélson Semedo, Mitroglou e Salvio, naquela que foi a melhor jogada dos ‘encarnados’ no segundo tempo.

O antigo guarda-redes do Real Madrid voltaria a estar em destaque a 20 minutos do final, ao anular novamente as intenções aos avançados ‘encarnados’, primeiro defendendo um remate à ‘queima’ de Mitroglou e, depois, evitando a recarga de Jonas.

Nuno Espírito Santo procurou refrescar o ataque, na tentativa de aproveitar o balanceamento ofensivo do Benfica, enquanto Rui Vitória, que tinha lançado Cervi, foi protelando as duas últimas alterações, mas a aposta tardia em Carrillo não trouxe dividendos aos tricampeões, que ainda tentaram acercar-se da área ‘azul e branca’, mas sem qualquer sucesso.

Programa da jornada

Sexta-feira, 31 de Março de 2017
Desp. Chaves - Paços Ferreira, 1 - 0
Nacional - V. Guimarães, 1 - 2

Sábado, 1 de Abril de 2017
Tondela - Estoril, 0 - 2
Boavista - Rio Ave, 0 - 1
Benfica - FC Porto, 1 - 1

Domingo, 2 de Abril de 2017
Belenenses - Feirense, 1 - 2
V. Setúbal - Moreirense, 2 - 0
Arouca - Sporting, 1 - 2
Sp. Braga - Marítimo, 3 - 3

Confira aqui tudo sobre a competição.

Siga-nos no Facebook, no Twitter, no Instagram e no Youtube.

Relacionadas

Para si

Na Primeira Página

Últimas Notícias

Notícias Mais vistas

Sondagem

Roger Schmidt tem condições para continuar no Benfica?