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Silas e o adeus aos relvados: «Custou-me imenso tomar esta decisão»

Aos 40 anos de idade, e depois de ter representado 13 clubes de cinco países diferentes, Silas disse hoje adeus a uma carreira de 22 anos como futebolista profissional, com epílogo no Cova da Piedade, da II Liga.

Silas e o adeus aos relvados: «Custou-me imenso tomar esta decisão»

«Tomei a decisão de terminar uma carreira de 22 anos como jogador profissional ao longo desta temporada. Custou-me imenso tomar esta decisão, porque o futebol é mais do que uma profissão, é uma paixão», frisou, em conferência de imprensa o jogador, que iniciou a sua carreira como profissional no Atlético, mas que começou por dar os primeiros pontapés na bola no Domingos Sávio.

«Depois disto, só me resta agradecer a todos, aos meus companheiros, à minha família, à minha mulher, aos meus filhos, ao empresário Jorge Gama, aos meus treinadores e, em especial, ao meu pai», adiantou o ex-nº10 do Cova da Piedade com a voz embargada de emoção e os olhos marejados de lágrimas.

Silas aproveitou a ocasião que dizer que vai apostar numa carreira de treinador de futebol. «Já tenho o curso de segundo nível e vou frequentar o curso de terceiro nível. Mas quero ser um treinador à minha imagem», prosseguiu ainda o ex-jogador, um médio ofensivo, que deixou uma palavra especial para Pedro Gomes, seu antigo técnico no Atlético.

«Na altura, eu estudava e treinava e o senhor Pedro Gomes esperava por mim para eu poder treinar sozinho. Nunca me esquecerei disso», constatou.

Nos 22 anos de carreira como futebolista profissional, Silas nunca chegou a jogar num dos clubes chamados grandes, embora tenha espalhado a sua classe de jogador com equipas como o Belenenses, Marítimo, União de Leiria e os ingleses do Wolverhampton.

«Não ter jogado num grande acaba, para mim, por ser secundário. Tive oportunidades para isso. O mais importante é que sinto que serei futebolista para toda a vida», sublinhou Silas.

Sobre o timing escolhido para encerrar a sua carreira, Silas não teve ‘papas na língua’. «A decisão foi tomada ao longo desta temporada. Ainda tinha condições físicas para continuar a jogar, mas não me identificava com as pessoas com quem trabalhei ultimamente», concluiu.

Joaquim Evangelista, presidente do Sindicato de Jogadores, foi o anfitrião da despedida de Silas e não regateou elogios ao ex-futebolista, que chegou a integrar os estágios das equipas do Sindicato.

«É com enorme satisfação e orgulho que recebo o Silas nesta casa. Silas é um amigo e foi sempre um futebolista exemplar. Como jogador, foi um nº10 fantástico, uma espécie em vias de extinção. Era unânime no balneário e foi várias vezes capitão. Era um jogador que dava sempre a cara», sintetizou.

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